23/01/17

Nimona - Noelle Stevenson

Obra do Turista Literário do mês de novembro de 2016, esse seria um livro que se ocasionalmente não tivesse vindo na mala do período que assinei, fatalmente nunca conheceria a história. Calma gente, não estou menosprezando, muito menos definindo aqui que é um trabalho ruim, mas sim que apenas teria outras prioridades, rs.

Agradeço mesmo a toda equipe desse projeto, mais uma vez pela iniciativa, desbravar novas experiências tem sido um desafio grande e sobretudo prazeroso. Esse quadrinho vem fazendo bastante sucesso em todo mundo e inclusive já foi confirmado pela Fox Studio que Nimona virará longa.

A narrativa possui uma ambientação medieval, abordando sobre ciência, magia, anti-herói e conspiração, com três personagens principais: uma metamorfa, garotinha que pode se transformar no que quiser (com algumas exceções básicas); um vilão diferente, com princípios éticos e escrúpulos; e um herói cheio de culpa. Desta forma, logo imaginamos como essa trama irá se desenvolver?

Nimona é uma transmorfa superpoderosa com o sonho de se tornar comparsa de um dos maiores vilões Coração-Negro, inimigo poderoso do reino com vários planos infalíveis (que sempre dão errados), por isso, ela vai importuná-lo até que a aceite no trabalho. Só que o emprego é bem diferente do que ela sonhou.

Apesar da fama, este vilão se apresenta como um homem justo e bastante cauteloso, incapaz de causar a morte de qualquer pessoa. No fundo o que ele deseja é apenas reparar o mal que lhe fizeram e provar para o reino quem de fato são os verdadeiros vilões.

Bastante impulsiva e inconsequente, sedenta por sangue e destruição e longe de qualquer padrão de beleza, ela está prestes a causar muito caos. No entanto, a missão principal dessa dupla é mostrar para aquela sociedade engessada que os conceitos de “bem” e “mal” estão bastante mesclados.



A leitura é fluida, leve e rápida, com os capítulos bem curtinhos, terminei de ler numa sentada.

Além do livro seguir um caminho muito semelhante a da abordagem de animações como “Megamente” e “Meu Malvado Favorito”, trazendo vilões que odiamos amar, a escritora ainda encontra espaço para levantar questões feministas, com uma protagonista irreverente, que tem um jeitinho peculiar de se vestir e arrumar o cabelo, além de uma personalidade forte que faz o que quer, quando quer, conquistando a simpatia do leitor.

AMEI!

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