É um prazer imenso resenhar sobre o “ Rei do
Pop” também conhecido como Michael Jackson, homem que moldou a cultura popular
desde a sua existência.
Ainda me lembro com grande emoção do show “Dangerous”
transmitido pela emissora Globo no Natal de 1994, se a memória não falha. Cada
detalhe de sua apresentação enchia meus olhos e me fazia sonhar. Pela primeira vez
na minha vida aquilo era mais importante do que os presentes ganhados e da
farta mesa na ceia da época (deu para mensurar o amor né?).
Não comprei os ingressos da última temporada e
despedida em Londres, nem tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente quando
veio a Salvador – Bahia gravar o clipe “ They Don't Care About Us”, tudo era
muito difícil e precário, mas acompanhava cada notícia, indignava-me com as
injustas acusações atribuídas, e no dia de sua morte - 25 de junho de 2009 - foi
um dos mais tristes da minha vida e chorei muito, podem rir de mim, mas
carregava um afeto enorme por esse artista.
Este livro aborda sobre a biografia de uma das
carreiras mais espetaculares e provocantes da história, inclusive os traumas,
julgamentos e situações delicadas. Tudo que Michael fazia em sua vida causava
tumulto e escândalo, era fato que nunca foi muito bom em se relacionar com as
pessoas, mas no palco sabia o que fazia e desempenhava seu papel com muito
talento.
Uma lenda que desafiava a previsibilidade
começou sua carreira muito cedo e teve uma infância turbulenta com um pai
rígido e bastante pragmático que ensinava os meninos a dançar e cantar durante
os ensaios da banda The Jackson Five.
E desde seus oitos anos o Michael se destacava
de seus irmãos e demonstrava seu talento na voz e nos pés. Era pequeno na idade,
mas grande em sonhos e metas. E em 1970, pronto para enfrentar seu caminho,
decidiu uma carreira solo, a qual teve alguns fracassos, mas um sucesso sem
comparação.
Passou por duas cirurgias plásticas; tratamento
com doença vitiligo; sérias acusações de abusos infantis; sofreu com isolamento,
pois não era compreendido pela sociedade; ao tempo que se tornou o maior nome
do ramo do entretenimento.
Foram grandes recomeços e tratamentos para
melhorar a imagem, Michael era orgulhoso e ultrapassava seus próprios limites,
ao mesmo tempo que tímido e intenso, demonstrava vulnerabilidade que beirava a
fragilidade. Tinha uma sensibilidade sem tamanho, traduzida em suas músicas;
preocupava-se com o social, prova disso que foi um dos artistas que mais
contribuiu para caridade.
O solitário astro adulto ao que parece levou
uma vida triste influenciada por uma infância que não viveu. Intitulava-se Peter
Pan e criou sua própria Neverland e se dava muito bem no convívio com seus
animais de estimação (lhama, cobra, macaco...), mas tinha muita dificuldade com
os humanos.
Sua morte chocou o mundo e essa data ficará
marcada para sempre nos corações dos fãs, o maior cantor e dançarino abandona a
Terra sem um devido adeus e abala a todos com a notícia que muitos custaram a
acreditar. A magia tinha se acabado e a cruel ironia é que o menino jamais irá
crescer, mas isto parece ter lhe curado a alma.
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