06/02/17

Um beijo inesquecível - Julia Quinn

Já deixei bem explícito aqui meu amor por Sherlock Holmes né?

Pois bem, agora imaginem as habilidades de Sherlock Holmes (algumas delas) inseridas em Londres, no ano de 1827, e ainda por cima numa MULHER, isso mesmo! Hyacinth Bridgerton a mais nova dessa família tão maravilhosa, e com certeza a mais esperta e perspicaz, sinceramente tenho a tendência de me inspirar em mulheres como ela, desbocadas, que não omitem sua opinião nem pensamentos por causa de uma sociedade machista e bem-educada, simplesmente adorei ler esse livro e me divertir tanto com essa garota.

Vem-me á cabeça o que Julia Quinn tem com pais, sim não estou maluca, vocês já perceberam que muitos personagens tem sérios problemas com seus pais (sejam biológicos ou não)?

Simon se recusava a casar para desafiar seu pai ( O duque e eu); Sophie sempre sentiu a falta do pai, não que ela não estivesse presente e sim que ela ao menos nem sabia quem ele era (Um perfeito cavalheiro); Sir. Phillip era maltratado pelo pai na infância, e tinha problemas com a própria paternidade (Para Sir Phillip com amor); Anthony dos 8 filhos era o mais apegado ao pai, por isso foi o que mais sofreu com sua morte, e na fase adulta tinha uma constante psicose que morreria na mesma idade que o pai Edmund (38 anos) (O visconde que me amava); e com esse livro de agora não é muito diferente, Hyacinth não conheceu o pai e sente a falta disso mesmo que não tenha conhecido, e Gareth St. Clair (nosso Romeu do livro) não consegue compreender o porquê de seu pai o desprezar tanto, de sempre olhar para ele com um olhar superior, humilhando-o amargamente, até que um dia Gareth descobre a verdade por trás de todo aquele rancor: ele não era seu pai.

Lady Danbury sempre foi citada nos livros, de maneira irônica e bem divertida, mas em nenhum ela teve uma presença tão importante quanto este em questão. Por ter personalidade praticamente idêntica á da velha senhora, Hyacinth, tem uma forte amizade com ela e lê todas ás terças-feira para mesma. Gareth é neto da Lady, e a ama profundamente, ele e a caçula dos Bridgertons, se conhecem em um recital das Smythes-Smith (próxima saga da Julia aqui no Brasil), este por acaso que ele foi obrigado a ir pela sua querida vó, logo de cara ele percebe as peculiaridades dela, mas isso não impede jamais que a paixão se afloresce cada vez que eles se encontram.

Clarice, mulher do falecido do irmão de Gareth, entrega-lhe um antigo diário de sua avó St Clair, mas um pequeno problema o impedia completamente de lê-lo: estava escrito em italiano, o destino sendo o destino, fez com que justamente a bela e recatada (ou não) Hyacinth soubesse italiano, não fluentemente, mas o suficiente para traduzir aquela relíquia. Com isso o casal se aproxima cada vez mais, levando a amizade a algo mais surpreendente, que eles nem imaginavam que fossem conhecer na vida: o amor, mas não aquele romântico, o deles ultrapassa isso, é um amor louco, insano, inconsequente e o melhor de todos. Esse casal não mede as consequências de seus atos, e não está nem ai para a sociedade londrina, e isso me encantou mais do que tudo nesse livro.

Pela primeira vez, a protagonista se entrega ao seu amante antes do casamento, e calma, não estou criticando, estou achando lindo demais, só mostra o quanto essa mulher que tanto admiro é maravilhosa, que rompe todas as barreiras de uma sociedade machista e tradicional.

Acho que não preciso nem dizer que simplesmente amei o livro né? Esse com certeza foi o melhor da saga, as cenas são bem sensuais, assim como são super engraçadas, saber um pouquinho mais da pessoa que é Lady Danbury, e principalmente conhecer Hyacinth foi emocionante, li o livro tão rápido que quando acabei foi até triste, senti falta da personagem, de verdade! 

Outros livros de Os Bridgertons:
O Conde Enfeitiçado - Livro VI - Julia Quinn


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