17/03/17

17/03/17

Logan - Cinema

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Hugh Jackman deixa as telinhas com chave de ouro, uma sensação de vazio e uma saudade enorme do seu trabalho como Wolverine.

Existem personagens que realmente marcam a vida do artista e com certeza Logan não foge a essa regra. É impossível não associar os músculos do autor a força e principalmente a resiliência desse mutante com garras de adamantium, não só pelo seu autopoder de cura, mas também pelos dramas vivenciados pelo mesmo.

Cheio de cicatrizes, pesadelos e perdas, Logan teve uma vida difícil, mas sempre se mostrou muito amigo e companheiro como o braço direito de Charles Xavier e no fim das contas encontrou um motivo para lutar por uma causa justa, nobre e sobretudo de amor.

Em 2029, numa terra devastada sem a presença de mutantes e sem esperança, ele vive como o mais simples dos seres humanos, com o peso da idade nas costas e o poder de cura reduzido, com uma família (Professor Xavier e o mutante Caliban) para criar, e no fundo parece ter desistido de viver, entregando-se ao álcool.

Charles se encontra com uma doença vegetativa e necessita de muitos cuidados para evitar convulsões e manter a sanidade, mas ainda possui muito poder conseguindo detectar novas formas de mutantes. O que por sinal põe a termo minha teoria, quando citei na publicação do lançamento de que ele poderia ser apenas fruto da consciência do protagonista, portanto ele ainda está vivo, rs.

Alheio aos problemas dos outros e para se manter anônimo, Logan trabalha como chofer, até o dia em que uma enfermeira lhe procura implorando ajuda para proteção de sua filha Laura. Assim, ele encontra um desafio de guiar essa garotinha procurada pelos carniceiros (caçadores de mutantes) sanguinários e repressores liderados por Donald Pierce (Boyd Holbrook), até o Éden (paraíso dos refugiados mutantes).

Laura (X-23) é o ponto alto do longa com sua atuação brilhante de poucas palavras e de muitos gestos corporais e apesar de ser considerada como uma arma letal é acima de tudo uma criança inocente. Quem faz a ponte de ligação entre ela e Logan é Patrick Steward (Charles Xavier) que de uma maneira doce tenta aproximar os dois e quebrar a rigidez da vida encarada pela figura do velho herói de garras. 

O filme não traz um roteiro revolucionário, as emoções se alternam, ao tempo que existe muita ação, não economizando no sangue e palavrões, e ainda nos deparamos também com cenas que faz escorrer até a mais tímida lágrima, o que mostra uma roupagem adulta distante da utilizada em outros filmes de herói.

Bom entretenimento não apenas para os fãs dos quadrinhos (filme adaptação de "Velho Logan"), mas também para aqueles que conheceram o herói através dos desenhos X-Men quando passava ao meio dia nos canais abertos, sendo uma justa e bela forma de se despedir, configurando-se desde já um dos filmes obrigatórios de 2017. Amor, família e amizade definem o filme! 

Para quem ainda não acompanha nosso Blog e não viu a publicação do lançamento, segue Trailler: 

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