E SE são duas palavras que juntas exercem um papel provocante e
até mesmo perturbador em nossas vidas. Duvido que você nunca tenha se
perguntado a respeito de um fato na sua vida se ao invés de tomar uma atitude,
ter decidido de outra forma, ou ainda, e se tivesse falado aquilo que realmente incomodava, tudo seria diferente?
A resenha que se segue não passa apenas de uma análise singela,
baseada principalmente em percepções da minha própria natureza errante,
insegura e muito questionadora. Por isso, sugiro que independentemente do que
achar dela, você deve ler essa obra que precisa muito mais ser experimentada do
que ser analisada ao pé da letra. Sua narrativa foca no emocional do leitor e
assim, como a singularidade do ser humano, cada um interpretará da melhor forma que lhe
convir.
Fui tomada por um misto de sensações como o medo, lágrimas
descompassadas, esperança e fé no futuro, assim minhas palavras se
esbarrarão nas minhas emoções devido meu estado de choque.
A história começa de forma promissora para Rachel e seu grupo de
amigos (Jimmy, Matt, Sarah, Trevor, Phil e Cathy) que concluíram o Ensino Médio
e tem uma vida de oportunidades pela frente: o sonho de ingressar numa
faculdade e ser alguém no futuro. Contudo, numa noite de despedida que os
amigos têm, um grave acidente ocorre desencadeando uma série de eventos que
mudou para sempre a vida de muitos: perdas prematuras, traumas constantes e
sonhos destruídos. Ou talvez, nem "para sempre" assim...
Cinco anos após o acidente Rachel ainda se culpa pela morte de seu
melhor amigo que partiu em seu lugar e se encontra totalmente solitária com sua
vida definhando. Ás vezes nunca compreendemos de fato a importância de uma
pessoa até perdê-la. O fato é que, devido a uma curva no tempo, uma realidade paralela atinge a protagonista que parece finalmente ter uma segunda chance para ser feliz, numa vida que sempre sonhou. Entretanto,
nada é verdadeiro para ela e tudo se apresenta bastante perturbador á sua
concepção de realidade, ainda que fascinante.
Nessas realidades opostas somos apresentados a duas Rachel,
reflexo da realidade que lhe atingiu. A primeira é aquela que desistiu de viver
e sonhar e que não encontra nenhum sentido em sua vida, nem mesmo apoiar seu
pai tão doente. Foi doloroso experimentar suas dores, e perceber como casos como esse acontecem o tempo todo com milhares de pessoas que não sabem
lidar com a dor da perda e simplesmente reagem dessa mesma forma. A segunda é
uma pessoa forte, decidida e pouco influenciável, que luta pelo seus sonhos e pelo que acredita, descobrindo-se como mulher.
A leitura é fluída e bastante moderna prendendo o leitor a cada
virar de página que acaba fazendo com que ele leia rapidamente. A capa é linda e tem relação com a história e a edição uma diagramação simples com páginas amareladas.
O final do livro é surpreendente e embora a escritora tenha dado
pistas, me senti tão enganada por conta da minha fé inabalável de um final
feliz como eu esperava. Muito mais que um gênero de romance é também uma obra de mistérios,
cheia de dramas e de clichês, mas sem sê-los, Meio contraditório né? Mas é bem
assim. Super recomendo!
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