Definitivamente
não posso ser considerada uma crítica, mas sim uma boa apreciadora das obras,
pois me apego facilmente as histórias, as personagens e principalmente as
emoções, detonando todo o meu lado crítico, racional e principalmente imparcial...
Uma certa admiradora dos relatos ou de tudo que se trata de Segunda Guerra
Mundial, este livro me sequestrou de maneira profunda, começando de forma bem
incomum tendo a Morte como narradora: “Quando a morte conta uma história, você
deve parar para ler”. A curiosidade começou a partir desse momento. Rs
Apesar
da narradora ser algo incomum e imortal a obra não traz nenhum aspecto
sobrenatural nem de suspense, pelo contrário enriquece o trabalho, uma vez que
tece reflexões sobre as suas experiências de eras e eras, tratando da
humanidade e principalmente sobre o período de 1939 a 1943 que foi bem atuante,
esmiuçando os diversos sentimentos com simplicidade e leveza.
Em
“A menina que roubava livros”, passamos a acompanhar o relato humanizado da
temível Morte que decide acompanhar a trajetória da protagonista garota de nome
Liesel Meminger, que em sua infância pobre, tenta sobreviver numa Alemanha
Nazista, repleta de caos num período violento que escapando de morrer três
vezes, deixa-se levar com curiosidade pela sua história.
O
Manual do Coveiro, foi o primeiro livro que roubara sem querer no dia do
enterro do seu irmão, quando o funcionário deixou cair próximo ao túmulo e ela
o levou consigo como lembrança daquele triste dia, sem saber o quanto o poder
das palavras teriam em sua vida, mesmo que ainda não pudessem lê-las.
Após ao episódio da morte de seu irmão e
despedida de sua mãe biológica, Liesel vai para sua nova casa e conhece seus
pais adotivos: Hans e Rosa. Assombrada por pesadelos e medos, a garota aprende
a ler, mesmo a vistas grossas de sua madrasta, com seu pai adotivo que ensina
lições sobre leitura nas noites.
Em
tempos em que os livros eram queimados, Liesel ou os furtava, ou, os lia na
biblioteca do prefeito da cidade, quando ia levar as roupas lavadas a mando de
sua mãe. Em meio a pseudo realidade que a cerca: a celebração do Fuher, o
Terceiro Reich, a sobrevivência e sobretudo a esperança de dias melhores, a
amizade (Rudy e Max) e a demonstração de afeto por sua madrasta, ainda que por
meio de suas palavras amargas, as leituras parecem ser a saída precisa para
mundos paralelos de sonhos e desejos.
Markus
Zusak é um verdadeiro poeta, as ideias apresentadas na história com certeza
mexem com nosso íntimo, mostrando grandes lições de amor, compaixão, luta pela
sobrevivência e o poder do universo de palavras. Recomendo a todos aqueles com
sensibilidade aflorada, embora as lágrimas sejam inevitáveis. Boa leitura!
Segue o trailler do filme que é muito bom e não deixa o espectador triste com o rumo da adaptação!
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