15/03/16

15/03/16

A menina que roubava livros - Markus Zusak

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Definitivamente não posso ser considerada uma crítica, mas sim uma boa apreciadora das obras, pois me apego facilmente as histórias, as personagens e principalmente as emoções, detonando todo o meu lado crítico, racional e principalmente imparcial... Uma certa admiradora dos relatos ou de tudo que se trata de Segunda Guerra Mundial, este livro me sequestrou de maneira profunda, começando de forma bem incomum tendo a Morte como narradora: “Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler”. A curiosidade começou a partir desse momento. Rs

Apesar da narradora ser algo incomum e imortal a obra não traz nenhum aspecto sobrenatural nem de suspense, pelo contrário enriquece o trabalho, uma vez que tece reflexões sobre as suas experiências de eras e eras, tratando da humanidade e principalmente sobre o período de 1939 a 1943 que foi bem atuante, esmiuçando os diversos sentimentos com simplicidade e leveza.

Em “A menina que roubava livros”, passamos a acompanhar o relato humanizado da temível Morte que decide acompanhar a trajetória da protagonista garota de nome Liesel Meminger, que em sua infância pobre, tenta sobreviver numa Alemanha Nazista, repleta de caos num período violento que escapando de morrer três vezes, deixa-se levar com curiosidade pela sua história.

O Manual do Coveiro, foi o primeiro livro que roubara sem querer no dia do enterro do seu irmão, quando o funcionário deixou cair próximo ao túmulo e ela o levou consigo como lembrança daquele triste dia, sem saber o quanto o poder das palavras teriam em sua vida, mesmo que ainda não pudessem lê-las.
 Após ao episódio da morte de seu irmão e despedida de sua mãe biológica, Liesel vai para sua nova casa e conhece seus pais adotivos: Hans e Rosa. Assombrada por pesadelos e medos, a garota aprende a ler, mesmo a vistas grossas de sua madrasta, com seu pai adotivo que ensina lições sobre leitura nas noites.

Em tempos em que os livros eram queimados, Liesel ou os furtava, ou, os lia na biblioteca do prefeito da cidade, quando ia levar as roupas lavadas a mando de sua mãe. Em meio a pseudo realidade que a cerca: a celebração do Fuher, o Terceiro Reich, a sobrevivência e sobretudo a esperança de dias melhores, a amizade (Rudy e Max) e a demonstração de afeto por sua madrasta, ainda que por meio de suas palavras amargas, as leituras parecem ser a saída precisa para mundos paralelos de sonhos e desejos.

Markus Zusak é um verdadeiro poeta, as ideias apresentadas na história com certeza mexem com nosso íntimo, mostrando grandes lições de amor, compaixão, luta pela sobrevivência e o poder do universo de palavras. Recomendo a todos aqueles com sensibilidade aflorada, embora as lágrimas sejam inevitáveis. Boa leitura!

Segue o trailler do filme que é muito bom e não deixa o espectador triste com o rumo da adaptação!

 

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