20/10/16

20/10/16

Pets: a vida secreta dos bichos (Filme)

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Tem um tempinho que não postamos resenha de filmes, quiçá de animação. E o ano de 2016 trouxe muitas novidades desse ramo e algumas até já assisti, mas em meio à correria da vida não tive chance ainda de resenhar metade delas, com calma tudo vai se ajeitando e vou compartilhando minhas impressões com vocês. O que cada uma delas traz de bom é que agora vem com conteúdo para agradar não apenas as crianças, mas também fascinar os adultos. E comigo o resultado tem sido bastante positivo, ao conseguir arrancar gostosas risadas! : )

De uma narrativa simples e bastante inovadora, o longo traz um questionamento que acredito que todos que tenham bichinhos de estimação se perguntem: O que eles fazem na nossa ausência? Ou talvez, só eu tenha tamanha imaginação, mas durante muito tempo fiquei intrigada. Principalmente para quem cria gato e cachorro juntos e se durante a nossa presença é aquela confusão, imagine sem a devida inspeção, rs.

Pets – a vida secreta dos bichos, da Illumination Entertainment, retrata exatamente sobre esse assunto, o que os animais aprontam sem a presença dos seus donos. De um humor leve e bastante agradável é dessa forma que somos apresentados ao nosso protagonista o Max, um cãozinho de estimação apaixonado por sua dona e acostumado em ser filho único que vê sua vida de cabeça para baixo quando ganha um irmão vira-lata rechonchudo chamado Duke. Acostumado a não ter que dividir suas coisas com ninguém, principalmente atenção da sua dona, ele agora terá que aprender a conviver e respeitar as diferenças para conviver harmoniosamente poder voltar sãos e salvos para casa, o que dá para fazer uma comparação com a vida real e refletir profundamente.

Como convivem em um prédio, conhecemos outros bichinhos encantadores, desde peixinhos dourados até passarinhos, e notamos o quanto complexas são as vidas sociais de cada um. E num dia ensolarado, Max e Duke se perdem nas ruas de Nova York e encontram uma gangue de animais de estimação rebeldes, que foram maltratados por seus donos, liderados por um coelho vingativo que passam a persegui-los, criando uma grande confusão envolvendo esgotos, explosões, carrocinhas e pontos famosos da cidade de Nova York.

Desde a disponibilização do trailer em 2015, o filme cria grandes expectativas e mostrou desde logo ao promissor sucesso que teria. Os personagens nos encantam não apenas por serem bichos de estimação, mas pelas suas características e personalidades bem desenvolvidas, atreladas as que conhecemos, e se assemelham muito a realidade, provocando muitas risadas diante de situações muito absurdas, como por exemplo, o cachorro que fica muito tempo sozinho em casa e faz festas convidando vários amigos – bem extravagantes.  

Este trabalho não explora o que os humanos fazem em seu período fora, portanto o filme se passa de maneira proposital em apenas um dia, e a ideia proposta foi alcançada de forma sublime, como se cada animal tivesse sua vida secreta, desconhecida pelo seu dono. E embora a inúmera aventura vivenciada por cada um é bonito ver que para eles é gratificante esperar e estar ao lado do seu dono. Será? Não sou muito fã de filmes dublados, mas a atribuir vozes brasileiras, como a de Danton Mello caiu super bem e pude me sentir em casa e bastante confortável.   

Não se trata de um filme ruim, no entanto logo para seu final acho que o diretor se perdeu um pouquinho ao estabelecer muita ação e pouco enredo sem desenvolver melhor a sub-tramas dos personagens, não dando espaço para se tornarem memoráveis, o que pode ser estabelecido desde logo um comparativo com Procurando Dory, pelas confusões no trânsito, gaiolas e outros aspectos. Mesmo com esse defeito considero uma animação válida para ser assistida por toda família, principalmente pela mensagem que traz a respeito da importância dela, seja qual for: tradicional ou homoparental, além do amor incondicional pelos animais. 

17/10/16

17/10/16

O Feiticeiro de Terramar - Ursula K.Le Guin

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Este livro dispensa apresentação, embora de forma inexplicável chega ao Brasil depois de décadas (1960), criando-se o estigma em cima dele, por teorias conspirarem ser a fonte de inspiração para a origem  do universo Harry Potter, da nossa musa J.K.Rowling.

Então a partir dessas informações, logo despertei uma certa curiosidade para conhecer a tal história pioneira que me influenciou a adentrar no mundo magia a ponto de não querer mais voltar ao mundo real. E mesmo muito antes de ler, criei grandes expectativas.

De fato, existem alguns pontos que nitidamente percebemos e nos identificamos com a história de HP, o fato do feiticeiro retratado também ser órfão de mãe, de possuir cicatrizes no rosto derivado de um contato com um mal maior, de ter sido criado ainda que rapidamente por uma tia e ter ingressado numa escola de magia, mas confesso que não me transportou ao cenário de esplendor e de muita imaginação da Rowling.

Na minha humilde opinião e para quem talvez tenha conhecido a história "O Nome do Vento" do escritor Patrick Rothfuss, consiga se identificar de modo mais satisfatório, pelos elementos que trazem como a importância do nome das coisas, da própria jornada do mago nas ilhas e até da Escola de Magia. Mas para quem, não teve a oportunidade de adentrar ainda em nenhum universo deste... “Senta que lá vem a história!” Sempre gostei dessa referência trazida pelo canal da TVE, rs

O Feiticeiro de Terramar trata a respeito da jornada e transformação de um mago – Ged, garoto prodígio que tem um destino de se tornar um grande feiticeiro - e mais do que só uma história qualquer, este trabalho veio para quebrar todos os estigmas das narrativas da sua época (período supracitado) deixando para trás todo o estereótipo construído até então – heróis brancos, nas figuras do homens dominadores e fortes, da presença das mulheres apenas como objeto sexual, ou, símbolo de destruição e trevas e acontece bem distante dos cenários de guerras, sem a presença de oprimidos e opressores, retratado nas histórias épicas.

Neste contexto a jornada já citada do jovem mago consiste em conhecer a si mesmo (referência a Sócrates, talvez) para combater algo maior – uma sombra – que fora libertada através de um feitiço de invocação dos mortos, por puro ato de vaidade. A partir de então, nos embrenhamos em alto mar, pois estar em chão firme, já não é mais seguro. Suas viagens consistiam em juntar forças para cada vez mais adentrar a sua essência, seja ela qual for.

Em meio as ilhas de Terramar desbravamos lugares e conhecemos pessoas fantásticas que sempre acrescentam lições de vidas, não apenas na vida do personagem, mas nas nossas também e percebemos a importância do silêncio e o poder das palavras, principalmente do nome atribuído a cada um ou coisa, a assumir os erros e enfrentar os medos.

Ursula K. Le Guin até então era desconhecida por mim e pelo fato de ter sido a precursora do gênero fantasia despertou em mim um grande apreço que fez minha entrega pelo livro ser completa, a ponto de não querer desgrudá-lo até terminar seu conteúdo. Talvez para aqueles leitores que aguardam grandes reviravoltas, este exemplar não agrade muito, pela escrita profunda, linear e bastante madura! Melhor ainda que o livro é o prologo da escritora argumentando com maestria de forma simplista o que a fez escrever e o porquê! Conquistando-me plenamente e me despertando questão desafiadoras, entre elas: a autodescoberta! 

09/10/16

09/10/16

O Lar das Crianças Peculiares (Filme)

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Se você é daquele tipo que adora uma boa adaptação do livro no cinema, saiba que essa obra vai te decepcionar um pouquinho. Sempre gostei e achei um máximo o trabalho de TIM BURTON nas telinhas, como Edward, mãos de tesouras, O estranho mundo de Jack, A fantástica fábrica de chocolate e entre outros... mas, confesso que a ideia utilizada neste longa não me agradou, por conta das expectativas que criei.

É um perigo conhecer familiarmente os livros e assistir aos seus filmes. Você passa a travar batalhas dentro de si. Desde quando conheci o livro do Orfanato da Sra Peregrine, foi amor à primeira vista, era ainda aquela capa mais sombria do que a de hoje e logo fiquei confabulando sobre seu conteúdo. Mas, enfim... como diversas vezes (diga-se de passagem, quase todas) ouvimos que a arte do cinema não acompanha a da literatura, vamos deixar de blá,blá e falar do filme, pois deve ter muita gente curiosa.

A história gira em torno de Jacob, um garoto solitário, que sempre sonhou com as histórias que seu avô lhe contava a respeito de um orfanato e de crianças peculiares. E depois da sua estranha morte, parte com seu pai para uma ilha no país de Gales. Lá, ele encontra uma mansão abandonada, que embora pareça destruída reserva muito mais segredos e perigos que o tempo que passara.  

Sei que comecei destilando um pouco do meu veneno (rs), mas o filme em si não é ruim, fiquei vislumbrada de como minha imaginação quando lia o livro foi fiel a tudo que vi no cinema, imaginei cada detalhezinho. A história se desenvolve de maneira muito superficial e talvez pelo fato de tentarem enquadrar no gênero infanto-juvenil o aspecto sombrio ficou de lado, dispensando uma boa dose de drama, o que tenho certeza de que não agradou aos fãs, principalmente a mim.

Os acontecimentos fluem muito rapidamente, a ponto que do meio para o final do filme inclui uma história totalmente estranha a da continuação, o que foi um grande desperdício, perdendo detalhes, histórias e aspectos fantásticos do Livro II – Cidade dos Etéreos. Alguns personagens foram cortados, outros tiveram suas peculiaridades trocadas, meio sentido; o personagem principal é fraco; a Sra Peregrine é bem mais simpática que no livro. Eles não fazem diferenças entre os acólitos e etéreos, mas, ainda assim não seria absurdo afirmar que este é um trabalho típico do Tim, que sempre abusa de seu traço peculiar sombrio.  Infelizmente, o roteiro precisava ser bem mais trabalhado, porque poderia ser uma história muito especial!

Não deixe de ler nossa crítica dos livros:



Trailler: 

06/10/16

06/10/16

A lenda de Materyalis - Saymon Cesar

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A lenda de Materyalis é um livro escrito por nosso parceiro Saymon Cesar. No inicio do livro nos é apresentado carta e fatos de Herodon e acontecimentos do passado narrados por Müdrik (um venirista), é como se fosse uma breve introdução ao mundo que vamos nos aventurar. Materyalis o deus supremo, vendo todos os atos cruéis e corruptos dos seres, decidiu separar sua essência em dois deuses: Materyon o benévolo e Marilis o perverso. Sendo assim, são criadas ideologias diferentes: Teryonismo (Acreditam em Materyon), Marilismo (Acreditam em Marilis), Emylismo (Acreditam que separados são imperfeitos e falhos) e ainda o Venirismo (uma sociedade secreta que busca a verdade sobre Materyalis e a criação do mundo).

A história é narrada por Harcos, jovem que vive no reino de Aliank sob uma guerra ideológica, chamada pelo autor de materja, que divide seu mundo. Ele tem como objetivo reunir dez Denins (seres capazes de controlar três fundamentos de energia, por meio de habilidades extras, conhecidas como dens) e chegar até o Sinkra (objeto de influencia sobre o mundo), para isso, ele conta com a ajuda das visões fornecidas pelo Sinkrorbe.

A obra traz um mundo rico em paisagens, construções e raças (algumas conhecidas como os elfos e humanos, e outras nem tanto como os majurk), coisas que o autor descreve ao longo do livro de forma bem explicativa. Toda a complexidade da historia, deixa o leitor imerso nas mitologias e na jornada dos personagens.

Quando li me senti exatamente como num jogo de RPG, até imaginei com qual personagem jogaria (o que me fez perder um boom tempo visualizando cenários e aventuras rsrsrsrs). Apesar de conter nomes complexos e explicações das criações do escritor, a leitura não se torna chata, nem repetitiva e sua conclusão é simplesmente espetacular, nos deixando com um gostinho de quero mais para o próximo livro!

04/10/16

04/10/16

Luxúria - Livro Um - Herança de Sombras, de Juliana Bizatto

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Nosso lar sempre foi um lugar de aconchego, conforto e segurança e para a família Hoffer (que abrange 6 adolescentes, suas mães e sua Vozinha) que vivem numa ilha particular no Rio Grande do Sul - precisamente em Pelotas, sem a presença de homens, essa realidade não é diferente, exceto pela presença de regras de sobrevivência bastante peculiares, como não sair de casa aos domingos ou nunca ficar sozinha por muito tempo. Despertando nossa curiosidade logo de início!

Bastante popular, rica e impactante pela beleza, nossa protagonista Sam aparece como pano de fundo nessa história tão rica de detalhes que nos transporta aos cenários do livro sem nem ao menos sentir. Caracterizada como a ovelha negra da família pelo estilo de vida adotado e a ligação muito forte com o mar e o surf, ela começa a levantar questionamentos sobre assuntos da sua vida particular quando um forasteiro aparece em sua cidade.

Benjamim, o tipo de garoto misterioso, forte e sexy que deixa qualquer tipo de garota, até as Hoffer, babando ao seus pés, atraindo principalmente a atenção das gêmeas: Sy e Regina. Mas abafa, eles só tem olhos, diga-se de passagem – verdes - para Sam, que por sua vez, é comprometida há anos com o cara mais bostético da cidade, Martin.
Comecei o livro acreditando que seria uma história meio Nicolas Sparks, aquele romance que mesmo com todas as dificuldades consegue sobreviver. Embora exista o ditado “nunca julgue um livro pela capa!”, sempre soube que a obra nos reservava algo mais e não foi surpresa para mim quando nos 45 minutos do segundo tempo, a narrativa trouxe tanta coisa que me deixou perplexa e sem reação. Tive vontade de matar a Juliana Bizatto? Por alguns momentos sim, mas fiquei maravilhada com o rumo dos acontecimentos.

Foi bastante gostosa a experiência de conhecer o trabalho desta autora fantástica que leva o leitor a percepção de todos os turbilhões de emoções vividos pelos personagens, inclusive pela nossa queridinha Sam. Este é o primeiro livro deste universo misterioso e sombrio e se você gostou da resenha, não perca tempo, adquira logo este livro pelo Amazon, ou, pelo site Herança de Sombras. Super ansiosa para o lançamento do segundo no ano que vem!

01/10/16

01/10/16

Turista Literário - Mês de Setembro 2016

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Correio passou por aqui hoje! Nosso primeiro Turista Literário, estamos in love por essa caixinha super fofa. O livro não foi o que achávamos, maaas, veio um maravilhoso que também estava em nossa lista de desejados - As Mil Noites de E.K Johnston, passa-se na Pérsia, e estamos loucas para embarcar nessa viagem apaixonante, cheia de cheiros, sabores, áudios e sensações!

Para quem ainda não conhece o projeto, vale muito a pena, arriscar e assinar uma malinha, pode ser só por um mês ou de forma contínua. As inscrições se iniciam todo dia 1 de cada mês e finalizam no dia 15 (ou quando as malas esgotarem), já que as vagas são limitadas.

Este projeto, todos os meses explora um destino retirado do fantástico mundo dos livros. Na sua primeira mala você adquire um passaporte anual que poderá registrar o destino para aonde viajou, colando um selo, muito lindo para ser colecionado.

A missão do projeto é incentivar a leitura,  promovendo uma sensação sensorial única direto do ambiente do livro, uma vez que nesta malinha além do livro, que é sempre um lançamento; explora ainda os outros quatros sentidos através de uma playlist - criada com base no universo da obra; item para tocar - elemento materializado da história; um item aromático ou sabor -que faça referência a uma passagem do livro; e um souvenir - arte exclusiva relacionada ao destino do mês.

Além desses itens que são sempre muito criativos e lindos, vem uma tag e um Guia de viagem explicando o destino e o passo a passo de cada viagem. Ah, a cada início do mês, as idealizadoras do projeto dão dicas do destino da viagem. As editoras parceiras do balão são:  Plataforma 21, Dark Side, Verus Editora, Intríseca, Galera, Verus, Rocco, Arqueiro e Sextante. Só as tops!

Com certeza vou adquirir a minha do mês de Outubro, URGENTE!

E para quem gosta de especular, como eu (rs), segue a dica do Mês de Outubro:

1) A história não acontece na época atual
2) Será uma viagem que se passa em mais de um lugar
3) É de uma editora que não trabalhamos ainda (não será uma repetida)

"Meu avô diz que é para isso que servem os livros. Para viajar sem se mover um centímetro."
Jhumpa Lahiri, O Xará