Quando
Coroa Cruel chegou, terminei rapidinho de ler o livro que estava lendo para
me jogar de cabeça (novamente) no mundo de "A rainha vermelha". E vocês não vão
nem acreditar, digamos que de cem por cento do livro, metade é um trecho
de Espada de vidro (que já tem resenha aqui no blog) e a outra metade se dedica aos dois contos que ele promete. Então como já li o segundo volume da saga,
terminei bem rápido (2 dias).
O
primeiro conto chama-se Canção da rainha, e como já sabemos dos livros oficiais
da série, a família prateada que "canta" é a Jacos, portanto se
tratará de Coriane Jacos, a mãe de Cal (saudade dele!). Para ser sincera,
diante das citações dela na saga, fiquei bastante curiosa para conhecer melhor
a menina que não passou pela prova real, a que conquistou o coração de
Tiberias VI, a incrível mãe, irmã e mulher, e me decepcionei!! Gente de boa,
não sei se foi porque criei expectativas demais, ou se simplesmente ela não tem
graça.
Coriane
vem de uma família falida, tem um irmão, Julian (um grande amigo de Mare em A
rainha vermelha) e é bem excêntrica (única parte que gostei). Como seu pai
não tinha dinheiro, ela não estava sempre na moda e não tinha o sonho de
participar da prova real, até porque seus poderes não eram tão desenvolvidos,
adorava criar e consertar coisas com ferramentas, e apesar de ganhar muitos
livros do irmão, eram pouquíssimos os que entravam para sua lista de leitura.
Após
a morte do irmão, o pai dela assume o posto de governador e eles são obrigados
a morar na corte (coisa que Coriane não gostou), logo de cara, no primeiro
jantar, já aparece a figura marcante (cruel e imponente) de Elara Merandus, que
brinca com a mente da garota, assustando-a prontamente.
Só fugindo um pouquinho: Uma coisa que
achei bem interessante a rainha ter colocado em xeque, foi a relação do rei, do
seu amante, da sua posição e de seu filho. O rei tinha a obrigação de ter filhos,
mas ele amava Robert (nomeado príncipe), é muito legal ler sobre como essa
família peculiar vive perfeitamente bem em uma situação tão incomum, mesmo aos
"maus" olhos da sociedade, o rei e a rainha privilegiaram o amor e
não apenas o dever.
Coriane
perturbada com a invasão de Elara, dá uma escapada para o jardim, e como em
contos de fadas adivinhem quem ela encontra lá? Tiberias (o filho, claro), em
uma única conversa já rola aquele clima e uma amizade flui entre eles. Após um
tempo como todo mundo já deve ter imaginado, eles se casam e Coriane fica mal
falada pela sociedade que a acusa de ter "enfeitiçado" o príncipe com
seu canto prateado.
É
bem deprimente ler esse conto, a personagem é uma pessoa que está sempre
assustada, triste e enclausurada em um quarto, e o leitor acompanha seus desatinos
porque há diversas passagens do diário dela (que Julian deu, cara eu queria um
irmão assim. Só deixando a dica hein Reyla e Eglia) eu esperava uma pessoa mais
alegre.
Já
em Cicatrizes de aço, o contexto é completamente diferente, agora seremos transportados
para o mundo vermelho da história, para o mundo da Guarda Escarlate (ainda
choro por não ter comprado o livro com a bandana), é como se a gente estivesse
dentro de uma operação mesmo, pois todas as mensagens e códigos mandados entre
eles, estão presentes no livro. Se eu já admirava Farley (capitã da Guarda) na
saga, nesse conto dedicado a ela eu simplesmente me apaixonei!
O
título não deixa a desejar, para uma mulher forte e cheia de cicatrizes. não
consigo imaginar outro melhor. A Guarda Escarlate é uma organização que visa
acabar com o sofrimento dos "vermelhos" (parcela pobre, sem poderes e
subjugada da sociedade). Quando começamos a ler as ações, é automático começar
a torcer para que dê tudo certo, imaginar crianças e pessoas inocentes indo lutar
em trincheiras uma guerra que nunca foi deles é entristecedor (fico fazendo
links com a realidade e é pior ainda). Acompanhamos primeiro a missão com
Farley e seu pai (comandante da Guarda), e logo depois uma missão em que ela
sozinha irá guiar.
Desde
a saga, há uma enorme tensão entre pai e filha, e juro que pensei: Agora eu
descubro o porquê dessa rixa toda. Mais uma decepção, o livro não explica o porquê
exatamente, dá para perceber que foi algo relacionado à morte da mãe de Farley
e de sua irmã, mas isso eu já sabia desde Espada de vidro, então não foi
nenhuma novidade. Mas vamos lá!
Na
missão, Farley juntamente com sua equipe vai procurar e tentar algumas
alianças. Nesse contexto aparece Shade (amo ele) que será seu contato
dentro de Corvium (como se fosse uma prisão), mas logo ela percebe que tem algo
muito diferente com ele, e claro não vou contar aqui pois tem gente que não leu
Espada de vidro ainda não é? Pois bem, a amizade entre eles flui de modo
desconfiado, mas é bem divertido ver as briguinhas deles.
Esse
conto é bem legal apesar de ser um pouco como o primeiro, meio sem sentido, dá
para conhecer melhor sobre a personalidade da capitã, dos integrantes de sua
equipe e em como ela entra na história de A rainha vermelha, pois no próprio livro
isso fica solto no ar.
Não deixe de conhecer as histórias:
- A Rainha Vermelha - Victoria Aveyard
- Espada de Vidro