Não
aguentei de tanta ansiedade e mergulhei nas memórias da minha infância do incansável assistir ao filme, da versão da Disney, e principalmente de ouvir as cantigas
e histórias que minha Tia São fazia para mim, dez vezes se fossem necessárias
e nunca se tornava enjoado. Emergi neste mundo mágico, me fez sentir saudade da
pureza e inocência dos tempos de criança, do aconchego de um colo, da sombra de uma árvore...
Conheci
esse exemplar no blog de uma amiga e há tempos venho sentindo a necessidade de
adquiri-lo. Quando, num certo dia, finalmente o encontrei em promoção no Amazon no Book Friday.
Edição capa dura, folhas consistentes parecidas com revistas, carrega as
ilustrações primorosas, românticas e góticas de Camille Rose Garcia, que traz a
versão dos Irmãos Grimm sobre este conto infantil, diferente da versão conhecida por muitos, sem os
floreios nem enfeites.
Esqueça
aquela história de beijo de amor verdadeiro, isso tudo ficou para trás quando
Walt Disney tentou inovar. Mas, no esta obra entanto não perdeu seu encanto, e ainda
guardarei esse livro para minhas futuras gerações. Cada minuto dedicado a essa
leitura, valerá muito a pena e ainda carrega fundo eminentemente moral e
crítico se pudermos ler nas entrelinhas.
Falamos da menininha com a pele branca como a neve, os lábios tão vermelhos quanto
o sangue e os cabelos negros como ébano, que perdeu sua mãe no parto e um ano
mais tarde ganhou uma madrasta orgulhosa e dominadora, obcecada pela beleza. Com o decorrer dos anos Branca de Neve passa a ser dona de uma beleza extraordinária,
o que desperta a fúria e inveja da rainha, que quer ser única.
Diante
disso passa a vida tentando se livrar de Branca, cada tentativa mais macabra que
outra, e nesse interim ela conhece os Sete Anões que a acolhem no intuito dela
lhe prestar favores domésticos, meio como empregada.
A
vida era feliz e ela se sentia segura, no entanto muito inocente e sempre
caia nas armadilhas da Rainha. Agora diferente do que todos pensam, a maçã não
foi o segundo ataque, o beijo do príncipe não acontece e o final da Madrasta é
mais assustador do que cair do penhasco.
Basicamente a moral da história, centra-se na vaidade, inveja, de não aceitar coisas
de estranhos (ainda que seja maçã e não engorde) e da amizade e união, através
da personificação do companheirismo dos anões.
E
para quem acredita que em toda história existe um pouco de verdade, teorias
conspiram que este conto que nasceu do folclore alemão é baseado na história de
uma princesa do século XVI, Margarete von Waldeck, muito conhecida por sua
beleza que possuía uma madrasta e morreu envenenada. Quem foi? Ninguém sabe ao
certo, mas algumas teorias relatam que foram os espanhóis. Ah, e no tocante aos
anões? No povoado que Margarete morava explorava bastante das minas. E quem
fazia o trabalho? Crianças, por conseguirem passar pelos túneis estreitos e por
causa de alguns gases tóxicos e das reações químicas presente nos materiais
trabalhados com o tempo começaram a ficar feias, tortas e esquisitas, parecendo
anões. Macabro né?
Gostei
muito do livro, para quem é fã deste conto maravilhoso, assim como eu, não pode deixar de ter
em sua coleção um exemplar deste!
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