Existem franquias que marcam uma vida inteira e Piratas do Caribe não
foge a esta regra, mostrando que as aventuras capitaneadas por nosso pirata
favorito capitão Jack Sparrow ainda possuem muita relevância e se tornou o carro chefe
da Disney, principalmente para criação dos seus parques temáticos.
Johnny Depp é um
ícone e uma importante figura na construção da história - Piratas do Caribe,
mas a trama desenvolvida desta vez pareceu navegar sem direção nenhuma para um
verdadeiro mar vazio. A atuação de Sparrow soava cansada e exagerada,
destoante do brilho original, a aparição de Will Turner não convenceu, e até a
divisão do mar ao meio não provocou grandes suspiros sem a contar que a nova geração de
personagens inseridos não me impressionou, apresentando-se como remake do
romance de Elizabeth e Will Turner.
É triste ter que
comprometer o conteúdo de um grande sucesso apenas para arrecadar milhões em
bilheterias, e o resultado é o fruto do esquecimento diante de um desfecho oco e
cheio de falhas. O filme não é ruim, mas de imediato dá para dizer que é apenas
legal, o final assim como as cenas pós crédito abre as portas para um futuro e
uma possível continuação com um dos vilões mais temível, mas não empolga.
A Vingança de
Salazar (Javier Barden) responde algumas perguntas e pontas soltas deixadas nos
quatros filmes a respeito da história do Capitão Sparrow, que agora se encontra
bêbado, sem navio, nem tripulação e totalmente desmotivado com a vida. Este
vilão é a pedra no sapato do pirata e junto com sua tripulação de fantasmas
mutilados o procura pelo sete mares e decide matar todo e qualquer pirata que
encontra no seu caminho. Para escapar do seu domínio, Jack precisa encontrar o
Tridente de Poseidon, que dá o dono poder de quebrar qualquer maldição e total
controle do mar.
Os efeitos especiais
são incríveis e continuam a ser um dos pontos mais altos da produção, para construir Salazar e sua tripulação, principalmente no
tocante ao aspecto morte, mas o trabalho em si é vestígio da mais fraca e
sucinta criatividade, numa trama totalmente previsível com resultados e perdas
desnecessárias.
O longa é uma
verdadeira montanha russa de pontos altos e baixos, vemos muita ação, algumas
piadinhas e situações esdrúxulas, mas a sensação de refilmagem paira o tempo todo no
ar e denota pouca objetividade, inclusive numa das piores cenas pós crédito já disponibilizadas,
parece que dessa vez o navio vai afundar. As maldições ainda continuam
assombrando os contos e o mar, mas será preciso muito mais para conquistar o
expectador da próxima vez.
Uma aventura bem
despretensiosa para quem pretende somente relaxar!
Veja a publicação do lançamento do filme:
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