Tornei-me uma grande admiradora da coleção da DarkLove, da Editora
tão amada e querida DarkSide, é incrível o que cada livro deste segmento
consegue fazer com os leitores que se rendem aos encantos das escritoras. Eles
não só carregam palavras, mas traduzem sentimentos e expressam sensações!
"A Guerra que Salvou Minha Vida" é mais um exemplo disso dentre tantos outros. É uma obra que
instiga diversos sentimentos durante a leitura: felicidade, resiliência e
sobretudo esperança de coisas melhores, por pior que seja qualquer situação.
Ada é uma garota especial que teve oportunidade de viver uma vida
plena e feliz decorrente de um dos fatos históricos mais terríveis: a Segunda
Guerra Mundial! Contexto este que sempre me trouxe um grande fascínio, já que
sempre dá para conhecer o melhor do ser humano no caos e sinceramente acredito
que deve ter havido histórias como a da protagonista, neste período.
Rejeitada por sua Mãe e vivendo em condições subumanas, vendo a
vida pela janela, já que vivia trancafiada na casa. Num determinado período de
tensão, em que Londres apresentou-se como alvo de tensões para os alemães,
crianças inglesas viviam refugiadas, sendo obrigadas a serem transferidas para
um lugar mais seguro, ela decide fugir com seu irmão James a uma cidade do
Kent, contando apenas com a chance de ser livre!
Temida por não ser aceita por conta de sua deficiência (pé torto),
nossa protagonista vai parar na casa de Susan, uma mulher incompreendida por
sua época, e finalmente encontra redenção, um lar, teme o medo e a desconfiança
e por fim, aprende a amar.
Durante sua estadia na cidade, sua vida se transforma, ela
encontra seu lugar no mundo, vence cada dia seus limites, o preconceito,
conhece novos amigos e experimenta um novo mundo: de palavras (inserção dos
livros na vida dela e do irmão), mudança de hábitos, alimentação e de convívio
social.
Foi difícil suportar as atitudes de Ada e sua ideia de sempre se
sentir excluída, menosprezada e nunca se entregar ao amor ofertado, ao tempo
que pude compreender o bloqueio emocional criado pelo peso das mágoas depois de
todo o sofrimento suportado, nos acostumamos até com as piores situações.
A história é
contada em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Ada, e em meio a tanta
inocência e emoção, nos apegamos a ela e torcemos e vibramos até pelas pequenas
conquistas da protagonista e de seu irmão.
Além dessa, é
possível conhecer muitas outras narrativas palpáveis, vemos cidades repleta de
soldados feridos e longe de suas famílias, adultos temerosos com a ascensão da
guerra e todos os horrores correlatos a ela, com medo e a solidão, e nos
tornamos mais fortes ao experimentarmos cada relato doloroso.
Este livro está na
classificação infanto-juvenil, e é uma boa opção para os leitores iniciantes,
os capítulos são bem pequenos e impactantes, e a leitura se desenvolve de
maneira bem natural. Sabe aquele livro em que dá medo de virar a última página,
simplesmente para não se despedir da história e dos personagens?
Sobre a
importância do amor, perdão e esperança!
Sem comentários:
Enviar um comentário