"Fantasmas
são essas lembranças fortes demais para serem esquecidas, ecoando ao longo dos
anos e se recusando a serem apagadas pelo tempo... Essa é mais uma
característica dos fantasmas, uma característica muito importante: você tem que
tomar cuidado poque assombrações são contagiosas"
Assim
como os fantasmas, o livro A menina Submersa me assombrou, penso se Caitlin
imaginou quantas pessoas poderiam ser assombradas por sua obra tanto quanto Imp
foi assombrada pelo quadro de Saltonstall. Há 4 anos atrás abandonei a leitura
desse livro na página 115, e até recentemente ele ficou guardadinho na estante,
me olhando e acusando sempre por não ter sido corajosa o suficiente para
terminá-lo, mas agora ao enfim chegar ao seu final, eu não tenho nem palavras
para descrever quais são os meus sentimentos a respeito dessa obra, o único que
me vem a mente é: confusão.
India
Morgan Phelps tem um histórico genético esquizofrênico e paranoico, sua mãe e
avó buscaram o suicídio como uma saída pra a confusão dentro delas e Imp leva
esses fatos numa boa, compreendendo perfeitamente o porquê e os motivos que as
levaram a tomar tal decisão. Tentando reconstruir memórias e se encontrar
dentro de sua própria mente, ela começa a escrever um diário na súbita tentativa de não esquecer aquilo que talvez nem gostaria de lembrar. Tão caóticos quanto sua autora, esses apontamentos nos apresentará a rotina em meio ao trabalho, as consultas e aos remédios que a mantêm numa realidade factual, porém não verdadeira. Ainda remete à sua namorada Abalyn, uma resenhista de games, transsexual e que tem problemas com os pais devida a sua escolha sexual, e também à Eva
Canning, uma misteriosa mulher que muda a vida e a percepção do real de India.
Entrar na mente da protagonista junto
com ela, vai ficando cada vez mais difícil e declinante com o passar das
páginas, ainda mais por ser um livro não linear. É complicado julgá-la diante
de sua doença, porém os desvios que ela faz durante a narrativa, acaba tornando
a leitura desgastante e muito confusa. Para ser sincera muitas cenas me
deixaram sem entender nada, inclusive, quando Eva aparecia na história tudo
virava bastante metafórico e mítico, e ainda não sei ao certo se ela realmente
existiu ou foi apenas uma criação da mente de Imp para ter a quem culpar pelas
suas atitudes.
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