O que
falar desse livro maravilhoso que me encantou apenas pela nota da autora?
Geralmente
não costumava dar atenção a essa parte dos romances, mas confesso que depois do
livro “Feiticeiro de Terramar”, tem sido uma das partes mais preferidas para
mim. É gostoso ver os desafios que o escritor passa para tornar real seu sonho
e conquistar seus leitores com uma história incrivelmente peculiar e
envolvente.
Com
essa obra não foi diferente,a Lisa Papademetriou aborda sobre uma lenda chinesa
– a do fio vermelho do destino – para explicar como a magia é revelada por
esses fios. A primeira através de um livro de contos de fadas que ajudou a
superar o período de separação dos pais, volume este doado a sua avó pelo seu
bisavô que percorreu vários lugares até chegar as suas mãos; e a segunda pelo encontro/reencontro,
para quem acredita em reencarnação, de uma americana com seu amor em Lahore, no
Paquistão.
E seu
trabalho trata exatamente sobre como ela acontece em nossas vidas de forma tão
simples que o encanto acaba passando despercebido, até para os mais espertos.
Na sua narrativa somos apresentados a Kai e Leila, duas garotas
pré-adolescentes que vivem em mundos aparentemente muito diferentes entre si. E
embora cada uma cada uma com suas personalidades, aventuras e novas descobertas
em separado, parecem unidas magicamente por uma história de amor, revelado num
diário com um nome estranho – O Cadáver Excêntrico - que interage com leitor e molda o futuro de
outras pessoas.
As
histórias são contadas paralelamente: no Texas, no Paquistão e a pelas memórias
Ralph, um cara desiludido e curioso por magia e embora despretensiosamente
distantes, seus caminhos estão predestinados com um passe mágica, e quando cito
dela acredite da melhor maneira possível. Em meio a tanta fofura, a autora
consegue ainda abordar temas como: escolhas do futuro, independência do adolescente
e amadurecimento pessoal.
Com
uma diagramação perfeita, possui ainda uma narrativa envolvente que nos aproxima
muito a leitura e nos faz participar da história de ficção, que poderia muito
bem ser realidade e até deixa uma pulga na orelha se existe conexão com a vida
real, ou não.
Sempre
cultivei dentro de mim a crença de melhorias num bom livro, num pó de brilho e
na magia em si e essa experiência só veio fortalecer toda essa teoria!
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