Ser
mulher, ser guerreira, ser empoderada, ser feminina ou simplesmente ser nós
mesmas! O dia 08 de março não é apenas uma data comemorativa, e sim uma
manifestação de luta, uma data para mostrar ao mundo o quanto somos fortes,
persistentes e para gritar que nunca pararemos de dizer eu sou capaz, e sou boa
no que faço tanto quanto qualquer homem. Os dados no Brasil são lamentáveis,
segundo o IBGE o currículo feminino é melhor, mas nós recebemos 44 por cento
menos que os homens. Mas vamos falar do que é bom, que apesar de hoje ser um
dia de protesto, também é um dia de comemorar a força e o poder de mulheres que
deixaram sua marca no mundo através de letras e páginas, aquelas que nos
inspiraram e que ainda nos inspiram a ver o mundo de outra forma, a nos encantar
cada vez mais com mundos mágicos, ou com discursos críticos de arrepiar os
maiores gênios!
Carolina Maria de Jesus
A
mineira Carolina de Jesus era catadora e registrava seu cotidiano, na antiga
favela do Canindé, na zona norte de São Paulo, em cadernos que encontrava pelo
lixo. Seus escritos, datados de 1955 a 1960, se tornaram o livro Quarto de
despejo, que denuncia a miséria, a fome e a violência sofrida por ela e seus
vizinhos. A autora é considerada uma das primeiras escritoras negras do Brasil,
e ainda hoje é considerada referência para estudos sobre a sociedade
brasileira.
Chimamanda Gnozi
A
escritora nigeriana Chimamanda Gnozi Adichie tem apenas 39 anos e desponta como
um dos principais nomes femininos da literatura africana. Suas obras retratam o
cotidiano de mulheres negras, abordando questões como o racismo e a violência
contra a mulher. É autora dos livros Sejamos todos feministas e Para educar
crianças feministas: Um manifesto, que são uma introdução para quem busca
compreender o assunto.
Clarice Lispector
Um
dos maiores nomes da literatura brasileira, Clarice Lispector é um dos exemplos
em que o feminismo se mostra por meio de mulheres protagonistas. Nos romances
escritos por ela, as personagens mergulham em reflexões sobre a condição
humana, muitas vezes questionando o que elas são e o que a sociedade impõe que
elas sejam.
Conceição Evaristo
A
mineira Conceição Evaristo é doutora em literatura comparada pela Universidade
Federal Fluminense (UFF) e se destaca por abordar, em suas obras, a
discriminação de gênero, raça e classe, valorizando a reflexão sobre as pessoas
afrodescendentes, suas memórias e importância histórica para a cultura do
Brasil. É autora do romance Ponciá Venâncio (2003) e dos livros de contos
Histórias de leves enganos e parecenças (2016) e Olhos d'água (2014), este
último vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Contos.
Simone de Beauvoir
A
filósofa e escritora francesa, integrante do movimento existencialista, é
referência em estudos sobre o feminismo, abordando, especialmente na obra O
segundo sexo, a diferença entre a existência e a construção social de gênero,
bem como os fatores que levam à opressão das mulheres. Ao falar de
comportamentos e de esteriótipos dos homens, ela faz ainda críticas ao
patriarcado e à resistência dos homens à compreensão sobre as demandas
feministas.
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