08/03/18

08/03/18

Homenagem ao Dia da Mulher

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Ser mulher, ser guerreira, ser empoderada, ser feminina ou simplesmente ser nós mesmas! O dia 08 de março não é apenas uma data comemorativa, e sim uma manifestação de luta, uma data para mostrar ao mundo o quanto somos fortes, persistentes e para gritar que nunca pararemos de dizer eu sou capaz, e sou boa no que faço tanto quanto qualquer homem. Os dados no Brasil são lamentáveis, segundo o IBGE o currículo feminino é melhor, mas nós recebemos 44 por cento menos que os homens. Mas vamos falar do que é bom, que apesar de hoje ser um dia de protesto, também é um dia de comemorar a força e o poder de mulheres que deixaram sua marca no mundo através de letras e páginas, aquelas que nos inspiraram e que ainda nos inspiram a ver o mundo de outra forma, a nos encantar cada vez mais com mundos mágicos, ou com discursos críticos de arrepiar os maiores gênios!

Carolina Maria de Jesus
A mineira Carolina de Jesus era catadora e registrava seu cotidiano, na antiga favela do Canindé, na zona norte de São Paulo, em cadernos que encontrava pelo lixo. Seus escritos, datados de 1955 a 1960, se tornaram o livro Quarto de despejo, que denuncia a miséria, a fome e a violência sofrida por ela e seus vizinhos. A autora é considerada uma das primeiras escritoras negras do Brasil, e ainda hoje é considerada referência para estudos sobre a sociedade brasileira.

Chimamanda Gnozi
A escritora nigeriana Chimamanda Gnozi Adichie tem apenas 39 anos e desponta como um dos principais nomes femininos da literatura africana. Suas obras retratam o cotidiano de mulheres negras, abordando questões como o racismo e a violência contra a mulher. É autora dos livros Sejamos todos feministas e Para educar crianças feministas: Um manifesto, que são uma introdução para quem busca compreender o assunto.

Clarice Lispector
Um dos maiores nomes da literatura brasileira, Clarice Lispector é um dos exemplos em que o feminismo se mostra por meio de mulheres protagonistas. Nos romances escritos por ela, as personagens mergulham em reflexões sobre a condição humana, muitas vezes questionando o que elas são e o que a sociedade impõe que elas sejam.

Conceição Evaristo
A mineira Conceição Evaristo é doutora em literatura comparada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e se destaca por abordar, em suas obras, a discriminação de gênero, raça e classe, valorizando a reflexão sobre as pessoas afrodescendentes, suas memórias e importância histórica para a cultura do Brasil. É autora do romance Ponciá Venâncio (2003) e dos livros de contos Histórias de leves enganos e parecenças (2016) e Olhos d'água (2014), este último vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Contos.

Simone de Beauvoir
A filósofa e escritora francesa, integrante do movimento existencialista, é referência em estudos sobre o feminismo, abordando, especialmente na obra O segundo sexo, a diferença entre a existência e a construção social de gênero, bem como os fatores que levam à opressão das mulheres. Ao falar de comportamentos e de esteriótipos dos homens, ela faz ainda críticas ao patriarcado e à resistência dos homens à compreensão sobre as demandas feministas.

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