16/03/18

16/03/18

Rango - Filme

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Rango é um longa de animação, e há quem se engane que é um simples desenho animado para lhe fazer rir.

Enjaulado num aquário de vidro, um camaleão finge em um teatro dele mesmo, ser alguém que ele nem ao menos sabe quem é, logo no início percebemos a alusão ao "teatro da vida", o qual as pessoas dramatizam o tempo todo sem saber quem verdadeiramente são. Até que o aquário de vidro, a redoma que o protegia do mundo lá fora, cai do carro de seus donos em uma estrada que ladeia um deserto. Perdido, e sem saber para onde ir, é informado por um tatu onde encontrar a cidade.

Ao chegar tudo lhe parece diferente, estilo faroeste, os animais que ali vivem andam armados "até os dentes" e todos são dados a valente, assim surge Rango, a nova personalidade que o nosso camaleão admitirá, o maior forasteiro e o mais destemido de toda a região o que será provado com uma sucessão de fatos em que a sorte agirá do seu lado e o tornará xerife da cidade. 

Passando por uma crise de água, todos ali vivem infelizes, a espera do dia em que a água enfim aparecerá para eles, e Rango como herói que diz ser, prometerá resolver o problema. Mas nada é tão simples quando poder e moeda de troca e valor estão envolvidos, "Quem controla a água, tem o poder" e é justamente com isso que Rango terá que lidar, corrupção e abuso de poder serão um dos seus principais obstáculos. 

Excêntrico talvez seja a melhor mas ainda a não adequada palavra para classificar esse filme, fugindo de todos os padrões, Rango não apresenta personagens fofinhos, nem comuns. O protagonista, um camaleão estranho não só na aparência mas em tudo que há em seu ser, nos mostra o quão interessantes podem ser essas figuras, cada qual com sua individualidade, cada qual com sua personalidade e características bem definidas.

Uma comédia bem intensa que me fez arrancar lágrimas dos olhos, o filme não deixa a desejar quanto a inteligência aplicada, cheio de metáforas que nos fazem pensar sobre questões do cotidiano brasileiro, e dos nossos próprios, nos faz repensar sobre quem realmente somos sobre o que queremos ser e o que estamos fazendo para isso.

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