14/07/18

14/07/18

A Guerra que me ensinou a viver - Kimberly Bradey

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“É possível saber um monte de coisa e mesmo assim não acreditar em nenhuma delas”, até que, um dia possa finalmente se render a verdade sobre elas. 

A guerra que me ensinou a viver é a continuação da história de vida da Ada e de todos aqueles que direta ou indiretamente foram tocados por ela. 

As circunstâncias nunca foram fáceis, a invencível protagonista vivia num constante período de guerra, duas delas, que precisava travar: a continuação da Segunda Guerra Mundial, com todos os seus cenários de destruição, bombardeios e o medo da morte; e a mais difícil de todas, o controle sobre as suas emoções e sentimentos.

Mesmo para quem encontra o amor de forma plena, é difícil se entregar depois de longos anos de maus tratos e indiferença. Ada era odiada por sua Mãe, por ter um pé torto,  mesmo com todos os esforços despendidos para agradá-la constantemente. E quando finalmente encontra a compreensão e o aconchego de um lar e de um abraço, não consegue se entregar completamente por puro medo da perda.

Se adaptar é muito difícil, principalmente para quem ainda convive com seus traumas, mas o crescimento emocional da protagonista ao longo do livro é uma coisa fabulosa.

Além de todo esse drama social e afetivo, conhecemos as histórias de outros personagens: Lady Thorton, a punho de ferro e seu coração enorme; a Ruth, judia alemã e possível espiã, que prestará um trabalho incrível e mudará o rumo da História; Jonatha, o aviador e sonhador; Susan, solitária e amorosa; Maggie, amiga e companheira, que após perderem suas casas são obrigados a morar junto formando uma nova e improvável família.

De uma narrativa leve e linear que retrata sobre perdas, superação, perdão e solidariedade, Ada deixa uma lição que nos toca profundamente, sobre gratidão, o valor da família, e que embora finais felizes não existam de maneira perfeita, os momentos merecem e valem a pena ser vividos.

É impossível fazer a leitura da obra e não ser acometida por um misto de sentimentos, arrancando sorrisos e lágrimas diante dos acontecimentos da história, marcando nossas almas para sempre!

Melhor leitura de 2018!

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