21/09/18

21/09/18

Ubirajara - José de Alencar

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Mais uma poesia em prosa maravilhosa de Zé de Alencar, Ubirajara foi o único que eu ainda não tinha lido da tríade parnasiana (Iracema, li recentemente tem resenha já pra vocês, O guarani já li há muito tempo mas quero reler). Um romance cheio de cultura e brasilidade. Apesar de ter sido escrito após os outros dois, na cronologia histórica do Brasil, Ubirajara deveria ter sido o primeiro, já que conta uma história indígena antes da chegada dos portugueses.

Ubirajara, senhor da lança, é um guerreiro formidável, pronto para batalhar pela honra de ser o maior entre os maiores, até que ele conhece Araci, uma índia Tocantim que conquista seu coração e o impulsiona ainda mais a se tornar o melhor para conquistar a honra de ser seu. Itaquê, o pai de Araci, impõe aos seus seguidores (que não eram poucos) provas a fim de escolher o melhor pretendente para sua filha e nós ja sabemos o final dessa disputa não é? Porém, Jaguarê (Ubirajara tem vários nomes) já possuía uma noiva em sua tribo, a formosa Jandira, e isso acarretará em um conflito de emoções.

Além da trama romântica, Alencar ainda introduz uma batalha entre tribos, os Tapuias declaram guerra aos Tocantins assim como os Araguaias, a nação do nosso protagonista. Mais uma vez, Ubirajara terá que mostrar o seu valor e seu desejo de ser o esposo de Araci.

Esse livro representa principalmente a vida indígena antes da chegada dos colonizadores, sem aculturação, com as origens e costumes indígenas aflorando nas páginas, diferente de Iracema e de O guarani que já mostram a grande influência europeia na vida indígena. Livres, e vivendo no auge da cultura, é incrível viver isso pela escrita de José de Alencar.

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