Tem um tempinho que não postamos resenha de filmes, quiçá de
animação. E o ano de 2016 trouxe muitas novidades desse ramo e algumas até
já assisti, mas em meio à correria da vida não tive chance ainda de resenhar
metade delas, com calma tudo vai se ajeitando e vou compartilhando minhas
impressões com vocês. O que cada uma delas traz de bom é que agora vem com
conteúdo para agradar não apenas as crianças, mas também fascinar os adultos. E
comigo o resultado tem sido bastante positivo, ao conseguir arrancar gostosas
risadas! : )
De
uma narrativa simples e bastante inovadora, o longo traz um questionamento que acredito
que todos que tenham bichinhos de estimação se perguntem: O que eles fazem na
nossa ausência? Ou talvez, só eu tenha tamanha imaginação, mas durante muito
tempo fiquei intrigada. Principalmente para quem cria gato e cachorro juntos e
se durante a nossa presença é aquela confusão, imagine sem a devida inspeção,
rs.
Pets
– a vida secreta dos bichos, da Illumination Entertainment, retrata exatamente
sobre esse assunto, o que os animais aprontam sem a presença dos seus donos. De
um humor leve e bastante agradável é dessa forma que somos apresentados ao
nosso protagonista o Max, um cãozinho de estimação apaixonado por sua dona e
acostumado em ser filho único que vê sua vida de cabeça para baixo quando ganha
um irmão vira-lata rechonchudo chamado Duke. Acostumado a não ter que dividir
suas coisas com ninguém, principalmente atenção da sua dona, ele agora terá que
aprender a conviver e respeitar as diferenças para conviver harmoniosamente
poder voltar sãos e salvos para casa, o que dá para fazer uma comparação com a
vida real e refletir profundamente.
Como
convivem em um prédio, conhecemos outros bichinhos encantadores, desde
peixinhos dourados até passarinhos, e notamos o quanto complexas são as vidas
sociais de cada um. E num dia ensolarado, Max e Duke se perdem nas ruas de Nova
York e encontram uma gangue de animais de estimação rebeldes, que foram
maltratados por seus donos, liderados por um coelho vingativo que passam a persegui-los,
criando uma grande confusão envolvendo esgotos, explosões, carrocinhas e pontos
famosos da cidade de Nova York.

Este
trabalho não explora o que os humanos fazem em seu período fora, portanto o
filme se passa de maneira proposital em apenas um dia, e a ideia proposta foi
alcançada de forma sublime, como se cada animal tivesse sua vida secreta,
desconhecida pelo seu dono. E embora a inúmera aventura vivenciada por cada um
é bonito ver que para eles é gratificante esperar e estar ao lado do seu dono. Será?
Não sou muito fã de filmes dublados, mas a atribuir vozes brasileiras, como a
de Danton Mello caiu super bem e pude me sentir em casa e bastante confortável.
Não
se trata de um filme ruim, no entanto logo para seu final acho que o diretor se
perdeu um pouquinho ao estabelecer muita ação e pouco enredo sem desenvolver
melhor a sub-tramas dos personagens, não dando espaço para se tornarem
memoráveis, o que pode ser estabelecido desde logo um comparativo com Procurando Dory, pelas confusões no trânsito, gaiolas e outros aspectos. Mesmo com esse defeito considero uma animação válida para ser
assistida por toda família, principalmente pela mensagem que traz a respeito da
importância dela, seja qual for: tradicional ou homoparental, além do
amor incondicional pelos animais.