O mal deve ser reparado e só existe uma maneira
para isso: encará-lo de frente. Não adianta fugir e fingir que as tragédias
nunca aconteceram porque o reflexo da Coisa é presente na vida de todos eles (Ben,
Bev, Bill, Eddie, Richie, Mike e Stan).
Uma reunião é proposta na biblioteca para
traçar as metas e definir os participantes que irá caçar o palhaço. A partir deste encontro temos acesso as
lembranças do fatídico dia em que a derrota, ainda que parcial, de Pennywise
ocorreu e que a promessa foi selada.
Os integrantes têm muita dificuldade de lembrar
o que aconteceu no passado, reflexo causado pelo mal que assola a cidade, mas
com muito esforço cada um se recorda de um episódio que de alguma forma é
importante na resolução do caso.
Embora sete seja um número cabalístico, o
ritual de Chüd precisa ser completado e cumprido, para honrar as vidas e os
amigos que por alguma fatalidade, ficaram para trás, até porque novas vítimas
viraram alvo da Coisa e afetam diretamente os envolvidos.
Aquele velho ditado: “se ficar o bicho pega, se
correr o bicho come”, e com os que restaram, descem aos canos de esgoto para
mais uma tentativa de conter e desta vez acabar com todo o mal que aflige e tem
um grande efeito na biografia de todos.
Debaixo da cidade as coisas andam escuras, ao
tempo que na superfície grandes catástrofes assolam a pequena cidade de Derry,
levando algumas personalidades e até mesmo destruindo monumentos históricos.
Stephen King consegue transcender o inteligível
com suas viagens na imaginação, principalmente quando se refere ao momento
crucial da batalha com a Coisa, citando a tartaruga com a analogia do Todo
Poderoso e ainda deixa uma lição de moral muito importante entre as entrelinhas
das suas páginas devemos encarar o medo de frente, e se ainda persistir essa
sensação, ir com medo mesmo.
É possível notar ainda, que o escritor deixa
chaves, as quais permitem aos leitores entenderem a profundidade dos assuntos
tratados. Durante toda a leitura é perceptível que os problemas de cada
integrante ultrapassam a simplicidade ou casualidade, ambos vivem o estigma do
passado que afetam diretamente ao seu modo de ser.
O final não deixa de ser surpreendente e não
merece ser revelado porque cada um de vocês devem experimentar ler este livro,
ainda que só uma vez (pretendo relê-lo), mas é de extrema importância que é contraindicado
para os corações mais frágeis, as cenas fortes não são poupadas em momento
algum.
Este é meu diário de leitura e pretendo que
leia cada um dos outros, fazer a resenha daria umas quatros páginas e não
atingiria a emoção que senti em cada parte desenvolvida. Espero muito que tenha
conseguido te influenciar a enfrentar cada esgoto desta cidade e deixar um
pouco do medo de lado.
Por aqui todos flutuam, mas é só na imaginação
mesmo!
Outras publicações acerca da obra:
Diário de Leitura - It: A Coisa, de Stephen King (Parte IV)
Outras publicações acerca da obra:
Diário de Leitura - It: A Coisa, de Stephen King (Parte IV)
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