Qual o estudante nunca
procurou algum embasamento para fortalecer a resenha daquele livro clássico que
o professor de literatura passou para entregar, depois de um final de semana
badalado? Rs. Dramatizei um pouquinho a situação, mas a verdade é que enquanto
estamos no Ensino Médio temos pavor de ler esses livros tidos como obrigatórios
e só depois de um tempo percebemos o quanto aquela leitura teria sido
proveitosa especialmente nas questões de um vestibular temido que muitas vezes
tem um reflexo sobre nosso sucesso para o futuro, especialmente na carreira
escolhida. E acreditem, são enxurradas de questões que caem sobre tais obras
nos vestibulares da vida e que sua leitura com certeza auxiliaria na
interpretação e acerto da mesma. Fica a dica para vocês!
Vamos deixar de blábláblá e
tratar sobre a resenha. De autoria de Joaquim Manuel Macedo, A Moreninha, surge
em 1844, como o primeiro romance romântico no Brasil, inseminando um novo estilo
literário, carregando as características do período do Romantismo, como o
sentimentalismo, idealização da mulher e o culto á natureza, elementos
facilmente constatados nesta narrativa. Tornando-se um best-seller da época,
lido por muitas pessoas, trazendo uma leitura mais nacional e longe do
cotidiano das obras internacionais anteriores retratadas.
A obra surge em torno de uma
aposta entre quatro estudantes de Medicina: Leopoldo, Augusto, Felipe e
Fabrício que resolvem passar o feriado de Sant´Ana numa ilha do Rio de Janeiro.
Um deles, Augusto tem a fama de ser um namorador inconstante e fiel aos seus
sentimentos garantindo aos amigos que nunca se apaixonaria por uma única mulher
por muito tempo. Por causa da fama de namorador a aposta é proposta e selada
por Felipe, na qual consistia que se Augusto se apaixonasse por uma mulher por
mais de 15 dias, ele escreveria um romance contando a história de seu amor
duradouro. Caso contrário, seus amigos teriam o trabalho de escrever um livro
relatando suas inconstâncias no amor.
Ao chegar à ilha, Augusto se
surpreende com as moças bonitas ali existentes, mas uma em especial lhe chama
atenção: Carolina, irmã de Felipe, por sua inquietude e rebeldia. Em meio a
tramas, lendas e mistérios o impasse amoroso passa a ter duas saídas: um final
feliz ou trágico. Ele chega a confessar o seu amor, mas ela se contém. Assim,
com o tempo o impedimento que os separavam é resolvido, principalmente pela
coincidência e pelo destino. Restando apenas agora para Augusto cumprir sua
promessa em escrever seu livro que passa a ser intitulado por: A Moreninha.
Embora aconselhe a leitura do
romance, espero que a resenha tenha ajudado ao menos a compreender do que o
livro trata. Augusto e Carolina prende a atenção e encantam o leitor, através
de uma história leve, com linguagem bastante simples e fluente, marcada,
sobretudo, com presença do popular. Aborda uma leve crítica a sociedade da
época que passa despercebida em meio a concretização do amor. As pessoas
superestimam um clássico, mas este de alguma forma me cativou pela sua obra
comovente. Trago ainda uma boa notícia: o livro está em domínio público e pode
ser facilmente encontrado. Boa leitura!
P.S: No Youtube possui um
filme sobre o romance, só não segue se segue fielmente o contexto do livro,
porque ainda não tive tempo de assisti-lo, mas vale a pena dá uma conferida.
Assista o filme completo, clicando aqui A Moreninha (Filme)
Trailler do filme:
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