19/04/16

19/04/16

A Moreninha - Joaquim Manuel de Macedo

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Qual o estudante nunca procurou algum embasamento para fortalecer a resenha daquele livro clássico que o professor de literatura passou para entregar, depois de um final de semana badalado? Rs. Dramatizei um pouquinho a situação, mas a verdade é que enquanto estamos no Ensino Médio temos pavor de ler esses livros tidos como obrigatórios e só depois de um tempo percebemos o quanto aquela leitura teria sido proveitosa especialmente nas questões de um vestibular temido que muitas vezes tem um reflexo sobre nosso sucesso para o futuro, especialmente na carreira escolhida. E acreditem, são enxurradas de questões que caem sobre tais obras nos vestibulares da vida e que sua leitura com certeza auxiliaria na interpretação e acerto da mesma. Fica a dica para vocês!
Vamos deixar de blábláblá e tratar sobre a resenha. De autoria de Joaquim Manuel Macedo, A Moreninha, surge em 1844, como o primeiro romance romântico no Brasil, inseminando um novo estilo literário, carregando as características do período do Romantismo, como o sentimentalismo, idealização da mulher e o culto á natureza, elementos facilmente constatados nesta narrativa. Tornando-se um best-seller da época, lido por muitas pessoas, trazendo uma leitura mais nacional e longe do cotidiano das obras internacionais anteriores retratadas.  
A obra surge em torno de uma aposta entre quatro estudantes de Medicina: Leopoldo, Augusto, Felipe e Fabrício que resolvem passar o feriado de Sant´Ana numa ilha do Rio de Janeiro. Um deles, Augusto tem a fama de ser um namorador inconstante e fiel aos seus sentimentos garantindo aos amigos que nunca se apaixonaria por uma única mulher por muito tempo. Por causa da fama de namorador a aposta é proposta e selada por Felipe, na qual consistia que se Augusto se apaixonasse por uma mulher por mais de 15 dias, ele escreveria um romance contando a história de seu amor duradouro. Caso contrário, seus amigos teriam o trabalho de escrever um livro relatando suas inconstâncias no amor.
Ao chegar à ilha, Augusto se surpreende com as moças bonitas ali existentes, mas uma em especial lhe chama atenção: Carolina, irmã de Felipe, por sua inquietude e rebeldia. Em meio a tramas, lendas e mistérios o impasse amoroso passa a ter duas saídas: um final feliz ou trágico. Ele chega a confessar o seu amor, mas ela se contém. Assim, com o tempo o impedimento que os separavam é resolvido, principalmente pela coincidência e pelo destino. Restando apenas agora para Augusto cumprir sua promessa em escrever seu livro que passa a ser intitulado por: A Moreninha.
Embora aconselhe a leitura do romance, espero que a resenha tenha ajudado ao menos a compreender do que o livro trata. Augusto e Carolina prende a atenção e encantam o leitor, através de uma história leve, com linguagem bastante simples e fluente, marcada, sobretudo, com presença do popular. Aborda uma leve crítica a sociedade da época que passa despercebida em meio a concretização do amor. As pessoas superestimam um clássico, mas este de alguma forma me cativou pela sua obra comovente. Trago ainda uma boa notícia: o livro está em domínio público e pode ser facilmente encontrado. Boa leitura!
P.S: No Youtube possui um filme sobre o romance, só não segue se segue fielmente o contexto do livro, porque ainda não tive tempo de assisti-lo, mas vale a pena dá uma conferida. Assista o filme completo, clicando aqui A Moreninha (Filme)
Trailler do filme:



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