14/07/16

14/07/16

Um perfeito cavalheiro - Julia Quinn

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O terceiro livro da saga Os Bridgertons dá a primeira impressão de uma nova adaptação de Cinderela, já amei né? Adoro contos de fadas. A autora traz uma releitura de seus contos de forma inovadora que consegue nos prender e impressionar dentro das molduras deste romance de época!

Julia Quinn traz Sophie, a filha bastarda de um conde que tem uma infância cheia de privilégios, até a chegada de sua madrasta e filhas, que desrespeitam a garota e a humilham de forma ultrajante!

Um dia cansada de ficar sempre em casa e ver suas “irmãs” indo aos bailes londrinos, Sophie aproveita a ocasião (um baile de máscaras) para sentir a mágica das agitadas festas de Londres. E não só a excitação da festa a toma naquela noite, mas sim uma paixão tão intensa que ela nem sabe como se portar, o colírio da vez é Benedict Bridgerton, o filho da linhagem. O amor é imediato!

Exatamente como no conto, Sophie é obrigada a deixar a festa a meia-noite, e é castigada pela madrasta logo após. Mas é nesse ponto que a história se difere, a menina foge e vai ganhar a vida sendo empregada doméstica em casas do campo honestamente. Anos depois, eles se reencontram em uma situação bastante inusitada que não me cabe dar spoiler né?

Diante de sua realidade, a nossa gata borralheira se conforma com a vida que leva e sinceramente não gostei muito disso no livro, se ela própria se via assim como uma simples criada, porque Benedict a veria diferente? E isso gera uma série de dramas que foram bem desnecessários.  

Ao término do livro, parei para pensar no título do livro “Um perfeito cavalheiro”, ela só pode estar sendo irônica né? Benedict de cavalheiro não tem nada, ele é bem safadinho com Sophie, não respeita suas decisões, a quer somente como uma amante e entre outras coisitas.

A cada livro que leio, minha curiosidade aguça ainda mais em relação a identidade da tão famosa e crítica Lady Whistledow. Já fiz inúmeras suposições e cheguei a pensar até na pobre matriarca Lady Bridgerton, as características são as mais diversificadas e é difícil imaginar uma pessoa tão onipresente na conturbada Londres.

Mas essa obra também me mostrou o quanto o verdadeiro amor supera distâncias, diferenças sociais e principalmente opiniões sociais. Julia nos mostra as inúmeras formas de amar, e de superar os obstáculos impostos por esse mesmo amor. Vale a pena lê-lo, é bem engraçado e mágico especialmente.

Outros volumes da saga dos Bridgertons:


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