Obra do Turista Literário do mês de novembro de
2016, esse seria um livro que se ocasionalmente não tivesse vindo na mala do
período que assinei, fatalmente nunca conheceria a história. Calma gente, não
estou menosprezando, muito menos definindo aqui que é um trabalho ruim, mas sim
que apenas teria outras prioridades, rs.
Agradeço mesmo a toda equipe desse projeto, mais
uma vez pela iniciativa, desbravar novas experiências tem sido um desafio
grande e sobretudo prazeroso. Esse quadrinho vem fazendo bastante sucesso em
todo mundo e inclusive já foi confirmado pela Fox Studio que Nimona virará
longa.
A narrativa possui uma ambientação medieval,
abordando sobre ciência, magia, anti-herói e conspiração, com três personagens
principais: uma metamorfa, garotinha que pode se transformar no que quiser (com
algumas exceções básicas); um vilão diferente, com princípios éticos e
escrúpulos; e um herói cheio de culpa. Desta forma, logo imaginamos como
essa trama irá se desenvolver?
Nimona é uma transmorfa superpoderosa com o
sonho de se tornar comparsa de um dos maiores vilões Coração-Negro, inimigo
poderoso do reino com vários planos infalíveis (que sempre dão errados), por isso,
ela vai importuná-lo até que a aceite no trabalho. Só que o emprego é bem
diferente do que ela sonhou.
Apesar da fama, este vilão se apresenta como um
homem justo e bastante cauteloso, incapaz de causar a morte de qualquer pessoa.
No fundo o que ele deseja é apenas reparar o mal que lhe fizeram e provar para
o reino quem de fato são os verdadeiros vilões.
Bastante impulsiva e inconsequente, sedenta por
sangue e destruição e longe de qualquer padrão de beleza, ela está prestes a causar
muito caos. No entanto, a missão principal dessa dupla é mostrar para aquela
sociedade engessada que os conceitos de “bem” e “mal” estão bastante mesclados.
A leitura é fluida, leve e rápida, com os capítulos
bem curtinhos, terminei de ler numa sentada.
Além do livro seguir um caminho muito
semelhante a da abordagem de animações como “Megamente” e “Meu Malvado Favorito”,
trazendo vilões que odiamos amar, a escritora ainda encontra espaço para
levantar questões feministas, com uma protagonista irreverente, que tem um
jeitinho peculiar de se vestir e arrumar o cabelo, além de uma personalidade forte
que faz o que quer, quando quer, conquistando a simpatia do leitor.
AMEI!
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