Vingança,
no dicionário: ato retaliativo contra quem seria o causador de uma ofensa ou de
um prejuízo, para Ramiro é basicamente isso, só que esse ato custará muito a
ele, talvez até algo irreparável. Para Amanda um sentimento que lhe perfura a
carne e a alma, e que ela luta para realizar.
O livro
Um passeio no jardim da vingança do nosso parceiro Daniel Nonohay é dividido em
dois livros, o primeiro foca em Ramiro, um sucedido advogado que depois de um
atentado em uma audiência muda completamente seu ritmo de vida, sua visão sobre
seu escritórios e sócios muda após se sentir humilhado e ofendido por estes, e
com sua inteligência e memória aumentada por um implante cibernético ele irá
procurar uma maneira de fazer com que eles se arrependam. Mas será que valerá a pena colocar tudo em
risco por uma vingança
Já o
segundo livro traz os bastidores por trás do atentado que Ramiro sofreu, assim
como os desenroles do que acontece depois, Amanda sua mulher tem um papel de protagonista
dessa vez, e apesar de não concordar com praticamente nada dos atos dos
personagens, ela me impressionou com sua superação frente aos traumas e juro
que por uma única vez (me senti mal depois) desejei o mal daquele que tinha
feito ela sofrer e fiquei até feliz com o destino de Josué, um dos sócios do
Ventura (escritório de advocacia).
O
autor me fez sentir mais nojo dos seres humanos, ele retrata uma sociedade do futuro,
mas com traços do que já estamos vivendo em dias atuais, como corrupção, crise
de valores, religião usada como ferramenta de interesses econômicos e políticos,
grandes diferenças sociais e descontentamento popular. Meu maior desgosto é
saber que isso é uma realidade e que infelizmente podemos fazer muito pouco
para muda-la, o livro é recheado de vilões e anti-heróis que se confundem uns
com os outros ao longo da narrativa.
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