28/11/17

28/11/17

A Guerra que Salvou a Minha Vida - Kimberly Bradley

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Tornei-me uma grande admiradora da coleção da DarkLove, da Editora tão amada e querida DarkSide, é incrível o que cada livro deste segmento consegue fazer com os leitores que se rendem aos encantos das escritoras. Eles não só carregam palavras, mas traduzem sentimentos e expressam sensações!

"A Guerra que Salvou Minha Vida" é mais um exemplo disso dentre tantos outros. É uma obra que instiga diversos sentimentos durante a leitura: felicidade, resiliência e sobretudo esperança de coisas melhores, por pior que seja qualquer situação.

Ada é uma garota especial que teve oportunidade de viver uma vida plena e feliz decorrente de um dos fatos históricos mais terríveis: a Segunda Guerra Mundial! Contexto este que sempre me trouxe um grande fascínio, já que sempre dá para conhecer o melhor do ser humano no caos e sinceramente acredito que deve ter havido histórias como a da protagonista, neste período.

Rejeitada por sua Mãe e vivendo em condições subumanas, vendo a vida pela janela, já que vivia trancafiada na casa. Num determinado período de tensão, em que Londres apresentou-se como alvo de tensões para os alemães, crianças inglesas viviam refugiadas, sendo obrigadas a serem transferidas para um lugar mais seguro, ela decide fugir com seu irmão James a uma cidade do Kent, contando apenas com a chance de ser livre!

Temida por não ser aceita por conta de sua deficiência (pé torto), nossa protagonista vai parar na casa de Susan, uma mulher incompreendida por sua época, e finalmente encontra redenção, um lar, teme o medo e a desconfiança e por fim, aprende a amar.

Durante sua estadia na cidade, sua vida se transforma, ela encontra seu lugar no mundo, vence cada dia seus limites, o preconceito, conhece novos amigos e experimenta um novo mundo: de palavras (inserção dos livros na vida dela e do irmão), mudança de hábitos, alimentação e de convívio social.

Foi difícil suportar as atitudes de Ada e sua ideia de sempre se sentir excluída, menosprezada e nunca se entregar ao amor ofertado, ao tempo que pude compreender o bloqueio emocional criado pelo peso das mágoas depois de todo o sofrimento suportado, nos acostumamos até com as piores situações.

A história é contada em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Ada, e em meio a tanta inocência e emoção, nos apegamos a ela e torcemos e vibramos até pelas pequenas conquistas da protagonista e de seu irmão. 

Além dessa, é possível conhecer muitas outras narrativas palpáveis, vemos cidades repleta de soldados feridos e longe de suas famílias, adultos temerosos com a ascensão da guerra e todos os horrores correlatos a ela, com medo e a solidão, e nos tornamos mais fortes ao experimentarmos cada relato doloroso.

Este livro está na classificação infanto-juvenil, e é uma boa opção para os leitores iniciantes, os capítulos são bem pequenos e impactantes, e a leitura se desenvolve de maneira bem natural. Sabe aquele livro em que dá medo de virar a última página, simplesmente para não se despedir da história e dos personagens?

Sobre a importância do amor, perdão e esperança!

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