Ainda em estado de choque com esse primeiro
romance da jornalista norte-americana Liza Klaussmann que mostra de forma
surpreendente que nasceu para fazer o que faz tão bem: escrever!
Sabe quando você não sabe definir se o livro
foi bom ou ruim? Até então nunca tinha passado por isso, mas essa leitura se
mostrou tão emocionante que está difícil absorver os acontecimentos e digerir
suas consequências.
A obra se passa no período Pós Segunda Guerra
Mundial, basicamente situada entre 1945 a 1970, contando a história de duas
primas: Helena e Nick, completamente diferentes, mas inseparáveis. Cada uma
trazia consigo diversas expectativas e sonhos sobre o futuro, regados a banho de
mar e muito álcool na imponente casa Tiger House. Porém a realidade se mostra
bem mais diferente depois de seus casamentos...
Nick sofre com uma vida monótona e sem graça,
repleta pela ausência de seu marido Hughes, enquanto Helena tem que lidar com
os vícios aos medicamentos, a fissura de seu marido pelas sombras de seu
passado e uma vida de anulação.
Depois de doze anos da separação, elas se
reencontram e passam a morar na velha e poderosa casa da ilha, e a relação das
duas não vai nada bem. Para piorar as coisas, seus filhos Ed (Helena) e Daisy
(Nick), descobrem um assassinato que aparentemente não tem nada a ver com a família,
mas que possui uma trama que vem premiada de muita violência, mistério e traição.
Narrado sob cinco perspectivas dos personagens
principais – Nick, Helena, Hughes, Ed e Daisy – o leitor passa a conhecer os
fatos a partir da percepção e o modo de ver de cada um deles. Estes são reais,
antagônicos e sem clichês, mas dentre todos, a mais fascinante é Nick,
mulher elegante e forte, que não desce do salto nem mesmo nas situações mais
difíceis.
Repleto de experiências complexas, cotidianas e constantes, escondidas sob a tensão dissimulada da fachada e polidez de uma família repleta de desastres particulares.
Para essa leitura é necessário muita sensibilidade e compreensão das diversas nuances da realidade, pois é de uma maturidade que ultrapassa barreiras. A narrativa está longe de ter um final feliz e soa de forma bastante natural com os enlaces e desprazeres que a vida proporciona.
Para essa leitura é necessário muita sensibilidade e compreensão das diversas nuances da realidade, pois é de uma maturidade que ultrapassa barreiras. A narrativa está longe de ter um final feliz e soa de forma bastante natural com os enlaces e desprazeres que a vida proporciona.
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