15/05/17

15/05/17

A Rainha de Tearling - Erika Johansen

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O empoderamento feminino tomou conta das leis, das músicas e agora finalmente da literatura, cada vez vemos mais livros com protagonistas feministas, fortes, independentes e sobretudo heroínas.  Esse é o primeiro livro da Trilogia e ganhou mais força quando a versão cinematográfica confirmada com a atriz Emma Watson para o papel da Rainha.

Uma história repleta de magia, conspirações e batalhas épicas que começa com uma narrativa minuciosa, difícil e lenta, especialmente pelo tamanho de seus parágrafos e detalhes desnecessários que me incomodou bastante. Demorei muito tempo para desenvolver a leitura que se mostrou muito adulta para o gênero fantasia pela presença de exploração sexual e violência, e um pouco instigante. O conteúdo é muito bom e pode dar um ótimo filme, mas o livro em si não me prendeu a ponto de ter uma ressaca.

A narrativa gira em torno de Kelsea, uma princesa enviada para uma cabana isolada - tendo a companhia de seus pais adotivos, os livros e todo encanto da floresta - longe das confusões, tramas e da história infeliz do reino de Tearling, que vive submisso aos prazeres de uma feiticeira poderosa, e o qual está predestinada a reinar.

Ao completar dezenove anos de idade, a Guarda remanescente da Rainha aparece para levar a princesa no propósito de reivindicar o seu trono. No entanto,  durante o trajeto da viagem Kelsea se depara com uma série de problemas e vários inimigos que querem vê-la morta.

Por si só, já deu para notar que é uma viagem perigosa e bastante conturbada, assim Kelsea terá que buscar aliados, mergulhar na história do seu povo e se tornar uma boa governante, afinal, "conquiste seu povo ou perca seu trono". Mesmo após colocar a coroa na cabeça, ser Rainha neste reino não será fácil, ainda que conta com a ajuda de joias mágicas.

A protagonista se mostrou uma personagem bem especial, humana e muito madura para a pouca idade que tem, longe de todos os padrões de beleza, da delicadeza, mas de uma compaixão imensurável e de um senso de justiça inabalável. Fora ela, o livro conta com muitos personagens marcantes e os seus heróis carregam suas próprias tragédias e em sua função inevitavelmente precisam derramar sangue para atingir alguns objetivos.

Não sabemos em que período a história se passa, parece ser retirada da era medieval, mas no decorrer da leitura faz referências a máquinas, as narrativas de J.K. Rowling, Senhor dos Anéis, o que me deixou bastante confusa, já que os detalhes são bem introdutórios e apenas menciona referências sobre a Travessia e Pré-Travessia, denotando dessa forma ser uma distopia.

A edição do livro está impecável e muito linda, a Suma das Letras realmente caprichou. Os outros dois livros já foram lançados no exterior e sinceramente não sei se quando lançar os outros no Brasil irei acompanhar, pois não me animou nem um pouco, embora seja uma obra política com uma crítica atual: os governantes devem preocupar com o bem-estar do seus governados!

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