16/08/18

16/08/18

Armadilhas da Mente - Augusto Cury

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Passei um tempo como minha irmã Yara diz "na pegada autoajuda" e como tinha ganhado esse exemplar de minha mãe resolvi dá uma chance a ele, já que estava um tempinho encostado entre os inúmeros exemplares não lidos.

Erroneamente, comecei a leitura acreditando no poder de auxílio, conferido algumas vezes por este escritor, e qual foi minha surpresa quando pude perceber que "Armadilhas da mente" não tinha nada ou quase nada a ver com esse gênero! 

Trata-se de um livro de ciência aplicada, cheio de termos técnicos e informações específicas para quem admira a área da psicologia e filosofia, por isso pode constituir um grande entrave na leitura para quem não é profissional ou admirador de tais segmentos.

A obra traz uma protagonista tão complexa como a mente humana que andava desenganada pelos psiquiatras e psicólogos. Camille era uma mulher linda, poderosa, crítica, obsessiva, pessimista e vítimas de suas emoções, que por alguns momentos me lembrou um pouco minha personalidade.

Tentando meios alternativos, Marco Túlio, seu marido, compra uma fazenda no intuito de fazer com que sua esposa, longe da agonia da cidade e em contato com a natureza, encontre sua paz interior e o controle de seus pensamentos e emoções.

Ocorre que os labirintos da psique humana são tão complicados que somente com as chaves certas é possível encontrar os meios necessários para seu controle. Assim, o estado de Camille não obteve melhora, tendo sua depressão, manias e fobias agravadas. 

A reviravolta começa a acontecer quando ela conhece um jardineiro simples com nome peculiar, Zenão do Riso, que lhe apresenta a fórmula da felicidade nas pequenas coisas. Em seguida, ela tem  um encontro com o psiquiatra Marco Polo que a estimula a superar seus conflitos e a encontrar a alegria de viver.

Durante a toda leitura temos contato com muitas referências da psicologia e enxergamos que a história narrada traz muito da nossa sociedade contemporânea de consumo.  Cada vez mais, existem seres humanos doentes que se escondem através de máscaras e junto com a crítica e a arrogância esquecem de serem felizes como são e não com o que tem.

Um convite perturbador para quem vive assombrado pelos fantasmas do passado e até uma chance de cura para quem se atreve a desbravar algo de dentro totalmente ainda inexplorado!

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