No segundo volume de sua obra, Rafa me encantou com o protagonismo
de Layla, que ainda continua como narradora do livro mas com a história agora
focando nela e não em Raul como no primeiro volume.
Desaparecido, a ausência do rei de Jolebon parte o coração de
Layla, e sua vida entra em um buraco profundo e escuro da depressão,
deixando de cumprir seus encargos para com o povo e para com si mesma, não se
alimentando direito, trancando-se no quarto, evitando sair do castelo para
qualquer coisa. As buscas por Raul já estão sendo paradas devido à falta de
sucesso.
Crente que o menino tenha sido sequestrado, ela irrita-se cada vez
mais com ineficiência e o desinteresse do Conselho, órgão que
toma as decisões no governo de Jolebon, e que a impede de ir a uma
missão para salvar seu rei. Em acordo com a irmã de Raul, a única pista deixada
pelos sequestradores foi um caminho de pó negro visto na cena do crime apenas
por Kaila e elas logo a associam aos espíritos negros que no passado
tenebroso em comando de Pervesus (vilão do primeiro livro) sequestrava e possuía pessoas,
assim as duas irão planejar uma missão secreta, para pesquisar, encontrar e
resgatar seu rei. Mas o que elas não previam é que esses mesmos espíritos agora
estavam atrás de Layla, e a própria nem sabia o porquê de ser
considerada uma ameaça.
Entrando de cabeça numa aventura que revelará muito mais do que
elas imaginam, Layla e Kaila unem-se com o propósito de salvar uma pessoa tão
querida para as duas, enfrentando amores inconsequentes, corrupção no Conselho,
autoritarismo e até o mundo dos mortos, essas mulheres se mostrarão mais forte
do que muitos imaginavam!
Ter em “O império subterrâneo”, um maior empoderamento feminino
foi magistral, além de completar colunas deixadas em aberto no primeiro livro,
como a personagem da mãe de Layla e mais um pouco do seu pai e uma aparição
surpreendente dos deuses que me encantou. Com uma letra grande e um bom
espaçamento, a leitura é bastante fluída e cativante.
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