15/10/18

15/10/18

Anna Kanenina - Leon Tolstoi

| |


Mais um clássico/calhamaço lido no ano, e esse foi bem legal! Apesar de carregar o nome de uma das protagonistas, o livro não se centra apenas em Anna Karenina, dividido em focar personagens completamente distintos, essa obra tem nuances diversas, que apresenta principalmente questões como religião, camarotização social e claro as peculiaridades de cada ser envolvido nas tramas de São Petersburgo a Moscou.
Anna é uma mulher belíssima, que chama a atenção por onde passa e encanta com sua jovialidade, um verdadeiro furacão que deixa marcas onde pisa, contudo, altamente infeliz com o casamento, ela parte em busca do amor fora dele, o que, para a época, era um absurdo capaz de condenar a alma de um ser humano. Acusada de adúltera, mas bastante decidida, ela enfrenta a sociedade a fim de alcançar a felicidade tão desejada, porém para isso, ela terá que renunciar muita coisa, inclusive sua posição social e o pior, a convivência com seu amado filho, o que a destruirá completamente, aqui Tolstoi mostra aos seus leitores que não há um padrão para a depressão, já que Anna mostra-se felicíssima, mas com o intimo tão vazio e escuro.
Lievin, com certeza o melhor personagem do livro para mim, é o que não se espera de um livro que trate sobre sociedade urbana e elitista, focado na organização e na administração de suas terras, da lavoura, da pecuária e até de seu galinheiro, ele é o tipo de cara que ama o que faz e que tem suas profundas reflexões acerca da vida, de Deus e também da organização da vida social russa, se preparem para longos parágrafos acerca de economia, filosofia e agricultura, com toques anarquistas e opiniões políticas do próprio autor incumbidas ao personagem. Ele dividirá bastante o protagonismo com Anna durante a leitura, já que os cenários vão mudando conforme as páginas passam, e ele nos presenteia com um romance bem divertido depois de uma boa maçada de leitura.
Juntamente com os dois personagens que apresentei a vocês, a história perpassará por pessoas e famílias bem importantes como o marido de Anna, que me divido em ódio e amor, mulheres tipicamente da elite, com seus vestidos de baile, arrogância e falsidade, a família de Kitty, que se tornará do meio pro final uma personagem bem frequente, a qual tem membros totalmente diferentes uns dos outros e que adorei todo o conjunto, e claro Vronski, um oficial do exército e o amor de Anna, um homem que não consegui me apegar mas tem papel relevante na narrativa.
Anna Karenina é um livro para se deliciar com as facetas de uma sociedade como todas as outras, falsa, de aparências, que julga e maltrata quem dela sai da linha, assim como para refletir acerca da filosofia da vida, da felicidade e o que é preciso para alcança-la, e sobre os próprios personagens que nos rodam no camarote da vida, baixar a guarda jamais, se preservar e ser feliz sempre!





Sem comentários:

Enviar um comentário